Identificação de fatores de risco para quedas em idosos, distintos por gênero e idade

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo desse estudo foi Identificar os testes clínicos e fatores de risco mais relevantes na predição de quedas em idosos, estratificando-se as populações por gênero e por idade. Foram avaliados 85 indivíduos, de ambos os sexos, caídores e não caídores, com idade maior ou igual a 60 anos. A amostra foi estratificada nos seguintes grupos: (1) amostra total; (2) Grupo Feminino (GF); (3) Grupo Masculino (GM); (4) Grupo Feminino 1 (GF1: 60 a 69 anos); (5) Grupo Feminino 2 (GF2: >70 anos); (6) Grupo Masculino 1 (GM1: 60 a 69 anos); (7) Grupo Masculino 2 (GM2: >70 anos). Os seguintes quesitos foram avaliados: quantidade de quedas, quantidade de medicação diária (Med), índice de massa corpórea (IMC), circunferência da panturrilha (CP) e cintura (CC), força de preensão manual (FM), marcha (Índice de Marcha Dinâmica-DIG), equilíbrio (Escala de Equilíbrio de Berg-BBS), mobilidade (Teste de Levantar e Andar Cronometrado-TUG), estado cognitivo (MEEM), satisfação com a vida (ESV), auto-eficácia física (EAF), capacidade funcional (CF) e medo de cair (Escala Internacional de Eficácia de Quedas - FES-I-Brasil). Em relação à queda, 60% da amostra não relatou queda; GF caiu mais (53%) do que GM(14%). Ao avaliar por idade percebe-se que GF2 é o grupo que sofreu mais quedas (62%) em relação aos demais (GF1: 39%; GM2: 27% e GM1: 6%). O Teste de Spearman (p<0,05) correlacionou-se quedas e os fatores de risco e testes clínicos, sendo verificado que Med, CC, FM, DIG, FES-I-Brasil, TUG, SV, CF apresentou correlação no grupo GF; DIG no grupo GF2; BBS, TUG em GM e a FES-I-Brasil em GM2 (p<0,001). O grau de covariância em relação à variável queda foi avaliado, e indicaram que no gênero feminino (GF) os mais relevantes foram: Med, DIG e FES-I-Brasil; em GF1: IMC, CC, FES-I-Brasil e TUG; em GF2: med, CP e DIG. No gênero masculino foram FM, DIG, BBS e TUG; em GM1: FM, DIG e TUG e, em GM2: BBS e FES-I-Brasil. Conclui-se que os testes clínicos e fatores de risco de queda em idosos apresentaram relevância diferenciada entre o gênero feminino e masculino e também por idade. Assim, sugere-se que os protocolos de avaliação sejam elaborados de forma diferenciada, de modo a garantir maior eficácia, melhor direcionamento para as avaliações e maior precocidade nas intervenções. Tais níveis de especificação podem contribuir para a redução dos índices de quedas, e, consequentemente, para melhoria na qualidade de vida de uma população com expectativa de viver cada vez mais.

ASSUNTO(S)

idosos gênero quedas (acidentes) na velhice age range clinical protocols queda idade protocolos clínicos engenharia eletrica elderly falls gender risk factors

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