IdentificaÃÃo da freqÃÃncia de quedas e de fatores de risco associados em mulheres com idade a partir de 60 anos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

As quedas constituem a principal causa de morte acidental e de freqÃentes lesÃes que geram incapacidades nos idosos, principalmente no sexo feminino apÃs as alteraÃÃes provenientes da menopausa. A etiologia à multifatorial, mas muitas vezes identificÃvel e està relacionada com fatores ambientais e/ou alteraÃÃes durante o processo de envelhecimento. Foi identificada a freqÃÃncia de quedas e seus possÃveis fatores de risco em mulheres com idade a partir de 60 anos. Participaram 80 idosas independentes, vivendo em comunidades e com idade mÃdia de 68,7 anos (Â5,89), advindas do NÃcleo de AtenÃÃo ao Idoso, da Universidade Federal de Pernambuco, no perÃodo de maio a julho de 2002. Inicialmente preencheram um formulÃrio para investigaÃÃo de quedas e prÃtica de atividades fÃsicas e depois foram submetidas a trÃs avaliaÃÃes: flexibilidade da articulaÃÃo do tornozelo, atravÃs de goniometria clÃnica; desempenho e velocidade da marcha, utilizando os testes Up&Go e Timed Up&Go; desempenho do equilÃbrio associado à coordenaÃÃo. ApÃs a anÃlise dos resultados a populaÃÃo foi dividida em dois grupos: G1 e G2, estando o primeiro representado pelas idosas que nÃo sofreram queda no Ãltimo ano e o segundo por todas que relataram ter caÃdo pelo menos uma vez no Ãltimo ano. Das idosas participantes 77,5% caÃram, 69,4% das quedas foram na rua e 84% durante o dia, sendo que 29% atribuÃram a fatores intrÃnsecos, e o desequilÃbrio foi mais citado (50%), 88,7% a fatores extrÃnsecos, estabelecendo um maior Ãndice para as calÃadas ou ruas com buracos (41,8%), e 82,3% referiram ter ficado com seqÃela apÃs a queda, escoriaÃÃes foram mais evidentes (39,2%). O sedentarismo estava presente em 11,1% do G1 e em 38,7% do G2. A caminhada foi o tipo de atividade referida pela maioria das mulheres dos dois grupos: G1 (77,8%) e G2 (50%). Com relaÃÃo à prÃtica da yoga, 27,8% pertenciam ao G1 e 6,5% eram do G2. Na avaliaÃÃo goniomÃtrica da dorsiflexÃo e da flexÃo plantar na articulaÃÃo do tornozelo as mÃdias das angulaÃÃes encontradas foram, respectivamente, G1, 11,5 e 29,4 e G2, 12,1 e 24,9Â. AlteraÃÃes durante a marcha foram observadas no G1 em 45,5% e no G2 em 67,7% e ao se tratar da velocidade desenvolvida durante o teste o G1 e o G2 em sua maioria realizaram, respectivamente, 72,8% e 44,2%, entre 11 a 14 segundos. Quase todas as idosas apresentaram dificuldades ao realizar o teste de equilÃbrio e coordenaÃÃo, sendo no G1, 81,8% e no G2, 92,2%. As idosas independentes apresentam alta freqÃÃncia de quedas durante o perÃodo de atividade funcional, causadas pela falta de conservaÃÃo dos passeios e vias pÃblicas associada ao sedentarismo, à diminuiÃÃo da flexibilidade do tornozelo, Ãs alteraÃÃes de movimentos e velocidade durante a marcha e à presenÃa de desequilÃbrio, principalmente em posturas dinÃmicas. Fatos estes modificÃveis atravÃs de uma implementaÃÃo de programas de prevenÃÃo de quedas, fornecendo aos idosos, instruÃÃes gerais e comportamentais, atividade fÃsica adequada e estÃmulo aos ÃrgÃos pÃblicos competentes para melhorar a seguranÃa ambiental

ASSUNTO(S)

marcha flexibilidade fall balance flexibility equilÃbrio march anatomia patologica e patologia clinica queda

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