IdentificaÃÃo da Ãrea motora, sob anestesia ge-ral, durante cirurgia para retirada de tumor intra-craniano

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

No presente estudo clÃnico observacional descritivo foram analisadas os achados cirÃrgicos e e a utilidade do mapeamento motor, com estimulaÃÃo elÃtrica direta do cÃrtex e substancia branca, sob anestesia geral durante a cirurgia de tumor cerebral relacionado ao lobo central. Foram avaliadas ainda as diferenÃas entre grupos histolÃgicos dos tumores. A presenÃa de tumor intracraniano relacionado ao lobo central foi o critÃrio de inclusÃo para 42 pacientes operados no perÃodo de junho de 2000 a junho de 2003, nos ServiÃos de Neurocirurgia do Hospital da RestauraÃÃo e Hospital Memorial SÃo Jose em Recife. Todos os pacientes apresentavam critÃrios para tratamento cirÃrgico e Ãndice de Karnofsky maior de 70 pontos. Para mapeamento motor foi utilizado estimulador bipolar, identificando inicialmente a Ãrea do cÃrtex responsÃvel pelo controle primÃrio da mÃo. No plano subcortical eram feitas sucessivas estimulaÃÃes, localizando as vias motoras durante a ressecÃÃo do tumor. A marcaÃÃo estereotÃxica foi utilizada em 12(28,6%) pacientes. A idade variou de 8 a 70 anos (mÃdia 38,43 anos). A queixa mais freqÃente foi epilepsia (69%). O exame neurolÃgico foi normal em 35,7%. Os tumores estavam relacionados com o lobo frontal em 73,8%. Os astrocitomas foram o tipo histolÃgico mais freqÃente com (16) 41,1% do total, sendo 21,4% de baixo grau (grau II). Havia seis oligodendrogliomas (14,3%), dois gliobastomas (4,8%), cinco metÃstases(11,9%), quatro cisticercos (9,5%), tres meningiomas (7,1%), tres cavernomas (7,1%), um abscesso (2,4%), uma malformaÃÃo arterio-venosa (2,4%), e um tuberculoma (2,4%). Os pacientes foram reagrupados pela histologia em aqueles com tumores do tipo primÃrio ou grupo A (57,2%) e os do tipo secundÃrio ou grupo B 24 (42,8%). Todos os pacientes foram investigados com ressonÃncia magnÃtica. O realce com contraste ocorreu nos pacientes do grupo B e em 79,2% no grupo A. O estÃmulo no cÃrtex para o mapeamento oscilou entre 4 e 18mA, com mÃdia de 10,33mA, sem diferenÃa entre os grupos A e B(p = 0,9366; T= - 0,08). O valor mÃdio da intensidade do estÃmulo foi maior nos que apresentavam dÃficit motor no prÃ-operatÃrio (P = 0,0425) e edema importante na RM (P=0,0468) e na anestesia com propofol contÃnuo (13,26mA), diferente quando intermitente (8,00mA) t-Student P<0,001. A ressecÃÃo cirÃrgica foi total em 12 (50,0%) no grupo A e 17 (94,4%) no grupo B. Entre os 25 pacientes sem dÃficit ou com dÃficit leve no prÃ-operatÃrio, 11 foram classificados no pÃs-operatÃrio imediato como dÃficit moderado/severo (piora significativa xÂ=8,3333 p=0,0039). Os 27 (100%) pacientes considerados com dÃficit moderado ou severo no exame pÃs-operatÃrio imediato 20 (74,1%) evoluÃram para o grau leve ou sem dÃficit (melhora significativa xÂ=20,0 p <0,001). ComplicaÃÃes cirÃrgicas ocorreram em 5 (11,9%) pacientes, todos tratados sem nova cirurgia. O Ãndice de Karnofsky foi crescente nas evoluÃÃes sucessivas, para cada tipo de tumor e os resultados entre o Ãltimo e o primeiro Ãndice foi significativamente melhor (T=6,23 p <0,001). As evoluÃÃes dos pacientes foram feitas entre 3 e 35 meses (media 11 meses) com recuperaÃÃo significativa do dÃficit motor do prÃ-operatorio p<0,001. O mapeamento funcional do lobo central à influenciado pelo dÃficit motor severo, edema na RM e anestesia com proprofol. O dÃficit motor depois da cirurgia foi transitÃrio e a evoluÃÃo funcional do paciente foi significativamente melhor

ASSUNTO(S)

brain mapping mapeamento cerebral motor area cortex stimulation cirurgia central lobe brain tumor tumor intracraniano Ãrea motora lobo central estimulaÃÃo trans-operatÃria

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