Houve mudanças na incidência e na epidemiologia das fraturas do anel pélvico nas últimas décadas?
AUTOR(ES)
Freitas, Claudia Diniz, Garotti, Jose Eduardo Rosseto, Nieto, Juliana, Guimaraes, Rodrigo Pereira, Ono, Nelson Keiske, Honda, Emerson, Polesello, Giancarlo Cavalli
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
As fraturas do anel pélvico compõem de 2% a 8% de todas as lesões do esqueleto, incidência que sobe para 25% nos politraumatizados e representa fator prognóstico negativo no que diz respeito à morbidade e à mortalidade. Buscou-se com este trabalho estabelecer se houve mudança do perfil desses pacientes nas últimas décadas e por que ela ocorreu. Para tanto, avaliaram-se epidemiologia, mecanismo de trauma e tipos de fratura, por revisão bibliográfica nas bases de dados indexadas relacionadas ao tema, selecionados 20 trabalhos que continham os requisitos para o estudo. O período entre janeiro de 1987 e dezembro de 1999 (primeira década) e outro de janeiro de 2000 a dezembro de 2010 (segunda década) foram analisados e comparados estatisticamente pelo Teste de Mann-Whitney. As classificações de Tile, Young Burgess e AO foram adequadas para permitir sua categorização. As pesquisas em cada uma das décadas foram homogêneas. Na primeira, as lesões foram mais prevalentes em homens, com 62,5%, com tendência a inversão desse padrão, dado o aumento de mulheres acometidas na segunda década (p = 0,286). A média de idade na primeira década era de 39,3 anos e revelou um aumento na segunda (p = 0,068). Os mecanismos de trauma mais prevalentes foram aqueles relacionados ao tráfego nos períodos, assim como as fraturas classificadas como do tipo A (p = 0,203ep= 0,457, respectivamente). Os índices de mortalidade diminuíram (p = 0,396). Conclui-se que houve tendência ao aumento na média de idade dos pacientes (p = 0,068). Já o crescente acometimento das mulheres (p = 0,286) e a diminuição da mortalidade (p = 0,396) não foram significantes.
ASSUNTO(S)
ossos pelvicos epidemiologia fraturas do quadril metanalise
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