Hospital service for ischemic stroke patients in Brazilian countryside: are we still in the ‘80s?

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FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Antecedentes Acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Os benefícios das terapias de reperfusão e hospitalização em unidade intensiva neurológica são inegáveis. Porém, estes tratamentos não estão largamente disponíveis em um país de dimensões continentais como o Brasil. Objetivos Descrever o tratamento do AVC isquêmico agudo e a funcionalidade, 90 dias após o evento, de pacientes hospitalizados no interior do Brasil. Métodos Estudo observacional, prospectivo, tipo série de casos. Os dados foram coletados de pacientes consecutivos, aleatoriamente selecionados, internados em 3 hospitais da região Sul da Bahia entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019. Resultados A população amostral consistiu de 61 pacientes. Houve predomínio de idosos (mediana de idade: 62 anos), hipertensos (82%), com AVC leve a moderado (mediana do National Institute ok Health Stroke Scale [NIHSS, na sigla em inglês]: 7), dos quais 37,7% chegaram ao hospital com < 4,5 horas de sintomas, mas não receberam terapias de reperfusão. Um total de 94,3% dos pacientes recebeu alta com prescrição de antiagregante plaquetário ou anticoagulante e 64,1% receberam prescrição de estatina. Ao final do período de seguimento, a mortalidade geral foi de 21% e quase metade da população amostral (47,9%) evoluiu com desfecho desfavorável (escala de Rankin modificada: 3 a 6). Conclusão A população amostral apresentou características sociodemográficas e comorbidades semelhantes às de outros recortes nacionais. Terapias de reperfusão não foram realizadas e o tratamento foi basicamente orientado para profilaxia secundária. Quase metade da população evoluiu com incapacidade ou morte, apesar da baixa gravidade clínica à admissão.

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