Hospedabilidade de plantas do Bioma Cerrado a Meloidogyne spp.

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. Florest.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

Resumo Dentre os biomas brasileiros, o Cerrado é o segundo em extensão territorial e em diversidade de espécies vegetais e animais. A biodiversidade do Cerrado tem sido estudada no que tange a sua flora e fauna, carecendo de dados de microorganismos representantes da microfauna, a exemplo dos nematoides de galhas radiculares. Meloidogyne spp. são nematoides endoparasitas sedentários de plantas. A sua presença em solo de áreas com vegetação nativa de cerrado, sob preservação, é um forte indício de que a sua permanência ocorre devido ao parasitismo de plantas nativas. Este trabalho objetivou estudar a hospedabilidade de plantas ocorrentes no bioma cerrado a Meloidogyne spp. Foram selecionadas trinta e cinco espécies vegetais desse bioma, incluindo espécies gramíneas e arbóreas, para estudo da hospedabilidade frente a três isolados de Meloidogyne coletados em área nativa de cerrado sob preservação (Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica e Meloidogyne morocciensis), além de uma espécie até então exótica ao cerrado (Meloidogyne paranaensis). Foram inoculados 5.000 ovos e eventuais juvenis de segundo estádio (J2) de cada espécie de nematoide por planta. Os experimentos foram conduzidos com 35 tratamentos (plantas nativas) e 5 repetições, tendo sido repetidos no tempo. As variáveis avaliadas foram índice de galhas e de massas de ovos, ovos e J2 por grama de raiz e fator de reprodução, além da sintomatologia causada pelos nematoides nas raízes. As seguintes espécies vegetais foram consideradas hospedeiras, com média do Fator de Reprodução (FR)>1,0: Triplaris gardneriana para Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita e Meloidogyne morocciensis; Andropogon bicornis para Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita e Copaifera langsdorffii para Meloidogyne incognita. As seguintes espécies vegetais foram classificadas como hospedeiras potenciais, com FR>1,0 para pelo menos uma das repetições: Copaifera langsdorffii para Meloidogyne morocciensis; Esenbeckia leiocarpa para Meloidogyne javanica e Guibourtia hymenifolia para Meloidogyne incognita. As demais espécies vegetais foram classificadas como não hospedeiras para as condições deste estudo. As plantas inoculadas apresentaram sintomas variados nas raízes como a presença de galhas associadas a massas de ovos, formação de massas de ovos sem galhas, rachaduras com massas de ovos e ausência de galhas e intumescimento com massas de ovos.

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