Homem e sensibilidade em Ludwig Feuerbach: crÃtica à teologia cristà e à filosofia especulativa / Man and Sensibility in Ludwig Feuerbach: Criticism to Christian Theology and Philosophy Speculative

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/02/2012

RESUMO

A anÃlise imanente que direcionamos sobre as crÃticas que Feuerbach dirige à religiÃo e teologia cristÃs e à filosofia especulativa mostra que o objetivo central desenvolvido nestas crÃticas està vinculado à afirmaÃÃo da antropologia feuerbachiana e, com isso, à compreensÃo do homem enquanto ser racional e, tambÃm, sensÃvel. Feuerbach articula sua crÃtica à religiÃo e à teologia cristÃs a partir do processo de alienaÃÃo da essÃncia genÃrica humana. De modo que o autor busca nas fontes primÃrias do cristianismo clÃssico e em seus expoentes supranaturais o seu correlativo verdadeiro, material, a desmistificaÃÃo das imagens religiosas e dos dogmatismos teolÃgicos. A partir disso, Feuerbach mostra que a religiÃo cristà à expressÃo dos sentimentos humanos, das relaÃÃes humanas, da sensibilidade e, portanto, ela à antropologia. Todavia, esse sentimento expresso pela religiÃo cristà à inibido pela doutrina teolÃgica no processo de desenvolvimento e afirmaÃÃo da dogmÃtica e racionalidade teolÃgicas, afirmando um ideal de homem castrado, assexuado, desnaturalizado. Do mesmo modo a filosofia especulativa moderna, cujo expoente mÃximo à Hegel, fundamenta, enquanto base do sistema lÃgico, a afirmaÃÃo do ser absoluto a partir da abstraÃÃo do homem e da sensibilidade. Para Feuerbach, a filosofia moderna se detÃm na articulaÃÃo de conceitos, cujos elementos sÃo fundados idealisticamente, autofundados na razÃo, ou seja, os conceitos nÃo sÃo extraÃdos do mundo sensÃvel, de panoramas da realidade. Assim, para o filÃsofo de Landshut, a filosofia especulativa moderna se torna uma filosofia arbitrÃria. Ademais, a filosofia feuerbachiana à marcada por uma radicalidade crescente que se expressa na defesa de uma nova filosofia que deve comeÃar com a nÃo-filosofia, ou seja, com o revÃs metodolÃgico instituÃdo pela âfilosofia de escola â, a saber, os objetos sensÃveis. A nova filosofia deve partir dos objetos sensÃveis, para entÃo obter bases concretas e imanentes na elaboraÃÃo dos conceitos, validando a prÃpria natureza como aquela à qual o homem deve a sua origem e os meios materiais para a sua existÃncia. A nova filosofia ou filosofia sensualista busca reconstituir o conhecimento completo: razÃo e sensibilidade unidos na problematizaÃÃo e compreensÃo do homem e do mundo. O objetivo do presente trabalho à precisar a centralidade conceitual do homem e da sensibilidade que existe no arcabouÃo crÃtico feuerbachiano e mostrar que a crÃtica visa à concretizaÃÃo da emancipaÃÃo e conscientizaÃÃo humana, pois, para Feuerbach, somente assim o homem poderà atuar ativamente no desenvolvimento social em busca do bem comum.

ASSUNTO(S)

filosofia feuerbach religiÃo filosofia especulativa crÃtica antropologia sensibilidade feuerbach religion speculative philosophy criticism anthropology sensibility feuerbach,ludwig,1804-1872 - crÃtica e interpretaÃÃo religiÃo antropologia filosofia alemÃ

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