Histórias de dor e de vida: oficinas de contadores de histórias

AUTOR(ES)
FONTE

Saúde e Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

Esta pesquisa foi uma intervenção com grupos de sujeitos soropositivos, realizada na cidade de São Leopoldo/RS, município da região metropolitana de Porto Alegre que apresenta a terceira prevalência de Hiv/Aids no Estado. O objetivo da pesquisa foi organizar oficinas de contadores de histórias e motivar os participantes a atuar como multiplicadores. A oficina de que trata este artigo foi realizada na ONG Apoio, Solidariedade e Prevenção à Aids (ASPA), desenvolvida em cinco encontros, nos quais os sujeitos contaram as histórias de vida e inventaram um ritual ancorado na religiosidade popular. O grupo era composto por oito usuários e dois trabalhadores voluntários, todos soropositivos; com predomínio de mulheres de baixa renda e chefes de família. Foi utilizado o referencial das práticas discursivas para analisar o material produzido na oficina. No percurso do trabalho emergiram dois temas principais: o preconceito a que estão submetidos os sujeitos soropositivos e a religiosidade como estratégia de resistência usada pela população na luta contra a Aids. Enfatiza-se a importância de atividades como a de contar histórias na promoção da saúde da população.

ASSUNTO(S)

educação em saúde narrativas hiv/aids

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