História obstétrica e medida do comprimento do colo uterino de mulheres no segundo trimestre gestacional por ultrassonografia bi/tridimensional e Doppler
AUTOR(ES)
Marinelli, Juliana Valente Codato; Amorim Filho, Antonio Gomes de; Barros, Monica Fairbanks de; Rodrigues, Agatha Sacramento; Francisco, Rossana Pulcineli Vieira; Carvalho, Mario Henrique Burlacchini de
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-09
RESUMO
Resumo Objetivo O objetivo do presente estudo foi comparar a história obstétrica e os parâmetros bi- e tridimensionais ultrassonográficos de acordo com os diferentes comprimentos cervicais. Métodos O presente estudo transversal analisou 248 gestantes no segundo trimestre de acordo com o comprimento cervical e comparou os dados com a história obstétrica e os parâmetros ultrassonográficos 2D/3D. As pacientes foram divididas em 3 grupos de acordo com o comprimento do colo uterino: grupo Colo Curto para comprimentos cervicais ≥ 15mm e < 25mm (n = 68), grupo Colo Muito Curto para comprimentos cervicais < 15mm (n = 18) e grupo Controle, composto por 162 gestantes com comprimento cervical uterino ≥ 25 mm. Resultados Ao analisar a história obstétrica apenas de pacientes não nulíparas, foi relatadauma associação significativa entre a presença de colo uterino curto na gravidez atual e pelo menos um episódio de parto prematuro anterior (p = 0,021). Comprimento e volume do colo uterino foram correlacionados positivamente (coeficiente de Pearson = 0,587, p < 0,0001). O parâmetro índice de fluxo (IF) da vascularização cervical foi significativamente diferente entre os grupos Controle e Colo Muito Curto. Entretanto, após regressão linear, na presença de informações de volume, não encontramos associação entre os grupos e o parâmetro IF. Também não foi encontrada relação entre o Doppler da artéria uterina e o encurtamento cervical. Conclusão O presente estudo mostrou uma associação significativa entre a presença de colo uterino curto na gravidez atual e pelo menos um episódio de parto prematuro anterior. Nenhum dos índices de vascularização se correlaciona com o comprimento cervical como parâmetro independente, assim como o Doppler da artéria uterina também não está relacionado ao comprimento do colo uterino.
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