História florestal e sócio-lógica do uso do solo na região dos campos de Lages no século XX

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/11/2007

RESUMO

Estudou-se a história do uso do solo por florestas durante o século XX na região dos Campos de Lages, em Santa Catarina, Brasil. Abordaram-se as mudanças no uso do solo e suas relações com contextos sócio-técnicos, e como estas relações afetaram o significado e o valor dos solos florestais ao longo da história da região. Para compreender as relações entre solos, florestas e sociedade foi adotado um arranjo conceitual com base na Teoria do Ator-rede (ANT - Actor-network Theory). Desde a inserção da região na rede das Minas Gerais através do tropeirismo em 1800, a pecuária tem sido o retrato do uso de uma paisagem campestre nativa, até que, a partir de 1940, mudanças sócio-técnicas dessem início ao ciclo do pinho, com intensa exploração da madeira da Araucaria angustifolia. No final do século XX a silvicultura altera a vocação florestal do solo, mas controvérsias existentes sobre os reflorestamentos resignificam o solo utilizado por florestas, instaurando um novo conflito socioambiental. O estudo permite concluir que a alternância do uso das florestas dependeu do alinhamento de atores e não apenas da existência de uma condição natural favorável, mas de formas de uso e representação diversas da floresta. Em todo o período, os solos florestais assumiram significados distintos para os diferentes atores com o passar do tempo, contudo, mantendo uma mesma sócio-lógica do uso do solo.

ASSUNTO(S)

política florestal solos florestais redes sócio-técnicas araucaria ciencia do solo forest history soil forest forest policy techniques-network araucaria história florestal

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