História e cinema : o tempo como representação em Lucrecia Martel e Beto Brant / History and cinema : the time like rep representation in Lucrecia Martel and Beto Brant
AUTOR(ES)
Mônica Brincalepe Campo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O tema central investigado nesta tese está relacionado ao conceito de tempo, tão necessário para a construção do discurso histórico. Esse foi proposto devido a um diagnóstico impetrado sobre a cinematografia argentina recente, desenvolvida no chamado Nuevo Cine Argentino, cuja característica mais importante para a pesquisa é a elaboração de suas obras atadas ao tempo do puro presente, ou ainda, ao tempo do pensamento. Focalizando na questão da historicidade nessas produções, questionamos se é possível existir história quando as narrativas estão atadas a esses tempos, já que, restritas ao imediato cotidiano, não conteriam percepções sobre como nos compreendemos ser-no-tempo, isto é, seres históricos. Além disso, nos perguntamos se seria cabível perceber o mesmo tipo de temporalidade imediata nas produções brasileiras. Para tanto, a partir do conceito de representação de Roger Chartier, assim como da análise fílmica, estudamos comparativamente os filmes La mujer sin cabeza (2008), de Lucrecia Martel, e O Amor segundo B. Schianberg (2009), do cineasta brasileiro Beto Brant. Nessa análise, buscamos entrever o imediato e o cotidiano nas narrativas cinematográficas, constituídas de percepções culturais assentadas em trajetórias históricas e, portanto, de percepções do ser-no-tempo. Defendemos que essas podem ser eleitas como representações, partes constituintes de nossa produção cultural e indicativas de como nos percebemos e atuamos em sociedade.
ASSUNTO(S)
tempo cinema e história representação cinematográfica história time history and moving-pictures cinema representation history
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000783525Documentos Relacionados
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