Histopatogenicidade de Blastocystis sp. para o trato gastrointestinal de camundongos: relação com inóculo e tempo de infecção
AUTOR(ES)
PAVANELLI, Mariana F., KANESHIMA, Edilson Nobuyoshi, UDA, Carla F., COLLI, Cristiane M., FALAVIGNA-GUILHERM, Ana L., GOMES, Mônica L.
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
Pouco é sabido sobre o potencial patogênico de Blastocystis sp. em modelos experimentais. Neste trabalho a patogenicidade desse parasito para o trato gastrointestinal de camundongos Swiss machos foi avaliada de acordo com o inóculo e tempo de infecção. Os animais foram infectados, via intragástrica, com 100, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 formas vacuolares de Blastocystis sp. obtidos a partir de uma mistura de oito isolados humanos cultivados axenicamente em meio Jones. Após 7, 14, 21, 28 e 60 dias de infecção os animais foram sacrificados e fragmentos do intestino delgado (duodeno), grosso e ceco foram retirados para análise histopatológica. Blastocystis sp. desencadeou resposta inflamatória nos diferentes tecidos analisados, com predominância de infiltrado mononuclear. No ceco o parasito foi encontrado na túnica muscular mostrando seu caráter invasivo. Inóculos maiores desencadearam processos inflamatórios mais precocemente (7 dias) e inóculos menores mais tardiamente (a partir de 21 dias). Conclui-se que no modelo proposto a patogenicidade dos isolados de Blastocystis sp. estudados tem relação com o inóculo e tempo de infecção.
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