Hiperplasia microglandular da endocérvice: freqüência em peças de conização, padrões morfológicos, aspectos clínicos e marcadores imuno-histoquímicos no diagnóstico diferencial com o adenocarcinoma

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-06

RESUMO

Embora a hiperplasia microglandular da endocérvice (MGH) seja um diagnóstico freqüente, algumas vezes pode ser confundida com adenocarcinoma (ACa), principalmente de células claras. OBJETIVOS: Avaliar a freqüência da MGH em cones de colo uterino, seus padrões histológicos e o diagnóstico diferencial entre MGH e ACa, através de marcadores imuno-histoquímicos e de alguns aspectos clínicos. MÉTODOS: Foram revisados 223 cones, bem como 50 biópsias cervicais com o diagnóstico de adenocarcioma para: 1) verificar a freqüência de MGH nos cones; 2) avaliar a expressão de p53, antígeno carcinoembrionário (CEA) e Ki67 nas lesões; 3) correlacionar as lesões com idade, paridade e estado hormonal. RESULTADOS: MGH ocorreu em 35 cones (15,7%), com os padrões glandular (21 [60%]); reticular (7 [20%]); trabecular (6 [17,1%]) e sólido (um [2,8%]). A média de idade foi 36 anos e de paridade, três filhos; 51,42% estavam grávidas ou usavam terapia hormonal. O ACa ocorreu em pacientes mais velhas (média: 53 anos), multíparas e sem história hormonal. CEA foi negativo em todas MGH e positivo em 62% dos ACa. Ki67 apresentou reatividade baixa (5% a 10% dos núcleos corados) em 8,6% das MGH e alta (> 40% dos núcleos corados) em 80% dos ACa. p53 foi negativo na MGH e positivo em apenas 10% dos ACa. CONCLUSÃO: MGH foi freqüentemente encontrada em cones, principalmente em jovens, sendo metade dos casos associada a terapia hormonal ou gravidez. As expressões do CEA e do Ki67 foram importantes no diagnóstico de ACa, porém o p53 não contribuiu para diferenciar as lesões.

ASSUNTO(S)

colo uterino hiperplasia microglandular da endocérvice diagnóstico imuno-histoquímica adenocarcinoma

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