Hiperidrose: prevalência e impacto na qualidade de vida

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. pneumol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/07/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: Estabelecer a prevalência de hiperidrose primária no município de Botucatu (SP) e avaliar como o transtorno afeta a qualidade de vida dos seus portadores. Métodos: Foi realizado um levantamento populacional para identificar os casos de hiperidrose em moradores da região urbana da cidade, selecionados por amostragem sistemática de conglomerados. O número amostral de 4.033 participantes foi calculado usando os mapas censitários do município. Dez entrevistadores aplicaram um questionário que avaliou a presença de transpiração excessiva e convidaram os sujeitos que referiram hiperidrose para uma entrevista com um médico para a confirmação do diagnóstico. Resultados: Foram pesquisados 1.351 domicílios, com 4.133 moradores. Desses, 85 queixaram-se de sudorese excessiva (prevalência = 2,07%), sendo 51 (60%) do gênero feminino. Dos 85 indivíduos, 51 (60%) concordaram receber avaliação médica para confirmar o diagnóstico, e apenas 23 (45%) apresentaram hiperidrose primária (prevalência = 0,93%). Dos 23 indivíduos diagnosticados com hiperidrose primária, 11 (48%) referiram qualidade de vida ruim ou muito ruim. Conclusões: Embora as queixas de transpiração excessiva tenham sido superiores a 2%, a prevalência real de hiperidrose primária em nossa amostra foi de 0,93% e o distúrbio afetava a qualidade de vida em quase 50% dos indivíduos.

ASSUNTO(S)

hiperidrose/epidemiologia hiperidrose/diagnóstico qualidade de vida

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