High concentrations of toxic metals in water consumed by the Maxakali indigenous community in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ambient. Água

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/02/2019

RESUMO

Resumo O povo Maxakali é a segunda maior população indígena aldeada no Estado de Minas Gerais, Brasil, tendo nas doenças infecciosas e parasitárias, sua principal causa de morte. Problemas com a qualidade da água consumida por essa população, somados à ausência dos serviços públicos de saneamento, agravam o risco de adoecimento por diversas patologias de veiculação hídrica. Assim, um estudo descritivo de desenho transversal, com amostras de água coletadas em locais de captação para consumo, foi realizado nas aldeias em três períodos sazonais, com objetivo de avaliar a água consumida, através da quantificação de metais tóxicos em relação aos valores máximos permitidos na legislação brasileira. As aldeias com maior número de medidas alteradas de metais na água foram, a Aldeia Pradinho (100%), seguida de Água Boa (92%). Os menores números de alterações foram encontrados nas Aldeias Verde e Rafael (27%). Os metais que apareceram em maior número de amostras com valores acima do recomendado foram o Ferro (50%), seguido do Arsênio (46%), Alumínio (36%), Cádmio (22%) e o Mercúrio (20%). Dessa forma, este estudo identificou altas concentrações de metais tóxicos na água consumida pelas comunidades indígenas de Maxakali no Brasil.Abstract The Maxakali is the second largest indigenous population in the state of Minas Gerais, Brazil; and parasitic diseases are its main cause of death. Problems related to the quality of water consumed by this population, added to the absence of public sanitation services, aggravate the risk of illnesses due to several water-borne pathologies. Thus, the main purpose of this paper was to evaluate the water quality consumed in natura by the Maxakali community, quantifying toxic metals in relation to the maximum values allowed by Brazilian law. A descriptive cross-sectional study was carried out with samples of water collected in surface- and groundwater in the Maxakali villages, including three seasonal periods. Villages with the greatest number of altered measures of metals in water were Aldeias Pradinho (100%) and Água Boa (92%). The smallest number of changes were found in Aldeias Verde and Rafael (27%). The metals that appeared in the largest number of collections with values higher than recommended were Iron (50%), followed by Arsenic (46%), Aluminum (36%), Cadmium (22%) and Mercury (20%), respectively. The study identified high concentrations of toxic metals in the water consumed by the Maxakali indigenous community in Brazil.

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