HidrodinÃmica of discharges to the river estuary of the Rio Jaguaribe (CE.) / HidrodinÃmica das descargas fluviais para o estuÃrio do Rio Jaguaribe (CE.)
AUTOR(ES)
Francisco Josà da Silva Dias
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
O crescente aumento da emissÃo dos gases do efeito estufa (GEE) e da populaÃÃo humana fez com que os gestores dos recursos hÃdricos redobrassem sua atenÃÃo sobre a razÃo demanda/disponibilidade hÃdrica no mundo e, principalmente nos trÃpicos. Mesmo sabendo que o Brasil ainda apresenta um excelente potencial hÃdrico, com 33.000 m3.hab-1.ano-1, o MinistÃrio do Meio Ambiente, em recente publicaÃÃo, ressalta que a bacia do AtlÃntico Nordeste Oriental, no qual o rio Jaguaribe esta inserido, jà apresenta um elevado nÃvel de estresse hÃdrico por apresentar apenas 45% do valor mÃnimo de 2.500 m3/hab/ano apontado pela ONU como sendo suficientes para a manutenÃÃo das atividades humanas, sociais e econÃmicas. A descarga hÃdrica da bacia de drenagem do rio Jaguaribe, (72.043 km2 de Ãrea e 633 km2 de extensÃo) medida pela estaÃÃo fluviomÃtrica mais prÃxima a sua foz, na regiÃo do mÃdio Jaguaribe, indica vazÃes mÃdias histÃricas variando entre 14 +23 m3.s-1 na estaÃÃo de seca atà 235 +434 m3.s-1 na estaÃÃo de chuvas. No entanto, esta descarga fluvial nÃo deve ser considerada como o aporte fluvial da bacia para o oceano, pois a aÃudagem retem 87% do fluxo fluvial do Jaguaribe em mais de 4000 barramentos. A modelagem hidrodinÃmica utilizada neste estudo a partir de medidas realizadas na interface ZR/ZM em marÃs de quadratura, fevereiro e junho de 2006, e do tipo sizÃgia, setembro de 2005, totalizou vazÃes hÃdricas entre 58 a 183 m3.s-1, no perÃodo avaliado. O tempo de residÃncia (TR) das Ãguas estuarinas mostrou dependÃncia da variabilidade climÃtica anual e inter-anual variando de 3 a 2 horas na estaÃÃo seca, em 2005 e 2006, respectivamente, enquanto que em Ãpoca de chuvas foi igual a 12 horas. Este resultado sugere que o volume de Ãgua doce nÃo à o fator limitante da competÃncia da massa de Ãgua para romper as forÃantes marinhas atuantes na regiÃo, mas a vazÃo hÃdrica total à significativa, principalmente durante a estaÃÃo seca quando o estuÃrio à lixiviado por Ãguas marinhas que aumentam sua capacidade de depuraÃÃo. As maiores salinidades foram observadas nos perÃodos em que o sistema estuarino apresentou menor aporte hÃdrico fluvial, chegando a 36,1 quando o percentual de Ãgua doce foi menor que 15%. O material particulado em suspensÃo (MPS) variou sazonalmente entre 7 e 89,7 mg/L. O MPS em setembro de 2005 e junho de 2006 foi fortemente orgÃnico, enquanto que o MPS coletado em fevereiro de 2006 foi de origem carbonÃtica. As descargas de MPS e de metais no MPS oriundos da bacia de drenagem para o estuÃrio, apresentaram variabilidade sazonal crescente de acordo com o aumento das chuvas e com os maiores valores no perÃodo de maior aporte fluvial. O mesmo padrÃo de comportamento do MPS à observado para as descargas dos metais, tais como; Fe, Al, Mn, Cu e Zn, tendo como exceÃÃo o comportamento do Pb no MPS, que apresentou os maiores valores no perÃodo de domÃnio marinho.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1728Documentos Relacionados
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