HidrÃlise enzimÃtica de resÃduos lignocelulÃsicos utilizando celulases produzidas pelo fungo Aspergillus niger / Enzymatic hydrolysis of lignocellulosic materials using cellulases produced by the fungus Aspergillus niger
AUTOR(ES)
Caroline Mariana de Aguiar
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Os resÃduos lignocelulÃsicos sÃo os mais abundantes no mundo e atualmente hà uma preocupaÃÃo mundial em aproveitÃ-los como matÃria-prima na produÃÃo de bioetanol. Isto à possÃvel visto que tais resÃduos sÃo ricos em celulose. A celulose à um biopolÃmero composto por molÃculas de glicose unidas por ligaÃÃes glicosÃdicas Ã-1-4. A glicose pode ser transformada em etanol por via fermentativa e pode ser obtida da celulose via hidrÃlise enzimÃtica utilizando as enzimas celulases. As celulases podem ser produzidas por diversos micro-organismos sob condiÃÃes adequadas. Dentre esses micro-organismos, destaca-se o fungo Aspergillus niger. Neste trabalho, celulases foram obtidas cultivando-se A. niger em meio de cultura com os resÃduos lignocelulÃsicos bagaÃo de cana-de-aÃÃcar, palha de milho e palha de trigo prÃ-tratados com NaOH 4% como Ãnica fonte de carbono. Observou-se a cinÃtica da fermentaÃÃo com bagaÃo de cana-de-aÃÃcar prÃ-tratado com NaOH 4% como fonte de carbono. Foram analisadas diversas variÃveis que afetam a hidrÃlise enzimÃtica utilizando os trÃs resÃduos lignocelulÃsicos prÃ-tratados com NaOH 4% como substrato. As variÃveis analisadas foram: pH, temperatura, tempo de hidrÃlise enzimÃtica, fraÃÃo mÃssica de substrato e diluiÃÃo do caldo enzimÃtico. Avaliou-se a eficiÃncia dos prÃ-tratamentos dos resÃduos com NaOH 4% e com H2O2 1%. Avaliou-se o comportamento da atividade enzimÃtica submetendo os resÃduos lignocelulÃsicos a hidrÃlises enzimÃticas sucessivas. A desativaÃÃo enzimÃtica foi avaliada nas condiÃÃes de resfriamento e congelamento do caldo enzimÃtico. Nas condiÃÃes estudadas, foi concluÃdo que o Aspergillus niger produz celulases quando cultivado em meio com resÃduos lignocelulÃsicos prÃ-tratados como fonte de carbono. O tempo ideal para coleta do caldo enzimÃtico, com produtividade mÃxima, foi de aproximadamente 7 dias. O complexo celulÃsico nÃo sofre desativaÃÃo se armazenado a temperatura de -18ÂC (freezer) por 43 dias, mas perde sua atividade em 43% apÃs 48 h se armazenado a 4ÂC (geladeira). A palha de milho apresentou melhores resultados como fonte de carbono na fermentaÃÃo e como substrato na hidrÃlise, comparada com os outros resÃduos, com atividade enzimÃtica de 0,895 U/mL. O pH ideal para se conduzir a hidrÃlise foi 4,8 na temperatura de 50ÂC por 50 minutos. A fraÃÃo de substrato e a concentraÃÃo das enzimas afetam linearmente a atividade enzimÃtica. Os resÃduos prÃ-tratados proporcionaram melhores resultados de atividade enzimÃtica do que os resÃduos nÃo tratados. Os melhores resultados de atividade foram obtidos com os resÃduos tratados com soluÃÃo de H2O2 1%, com atividade de 0,655 U/mL para o bagaÃo de cana, 0,892 U/mL para a palha de milho e 0,801 U/mL para a palha de trigo. AlÃm disso, os resÃduos tratados com H2O2 podem sofrer quatro processos de hidrÃlise sucessivos, com o segundo processo rendendo a maior atividade enzimÃtica para todos os resÃduos prÃ-tratados.
ASSUNTO(S)
a. niger enzimas celulases resÃduos lignocelulÃsicos fermentation cellulase enzymes aspergillus niger lignocelulose fermentaÃÃo fungos - biotecnologia enzimas de fungos - aplicaÃÃes industriais lignocellulosic materials bagaÃo de cana processos industriais de engenharia quimica
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.unioeste.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=543Documentos Relacionados
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