Herbicidas residuais em manejo de plantas daninhas na soja resistente ao glyphosate no Brasil
AUTOR(ES)
Lopes Ovejero, R.F., Soares, D.J., Oliveira, W.S., Fonseca, L.B., Berger, G.U., Soteres, J.K., Christoffoleti, P.J.
FONTE
Planta daninha
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
Em sistemas de produção agrícola onde a cultura da soja tolerante ao glyphosate (Glycine max) está inserida e onde não há a prática de rotação de culturas com herbicidas alternativos, o uso exclusivo e contínuo do glyphosate tem levado ao surgimento de populações de plantas daninhas resistentes, que podem limitar ou comprometer os benefícios dessa tecnologia. Nesse sentido, a eficiência de programas de manejo que envolvem herbicidas residuais (sulfentrazone, flumioxazin, imazethapyr, diclosulam, chlorimuron e s-metolachlor) aplicados na pré-emergência seguidos de glyphosate na pós-emergência da cultura (PRE-POST) foi comparada à de programas com apenas glyphosate na pós-emergência – POST. O estudo constituiu-se de nove experimentos realizados durante as safras agrícolas 2009/2010 e 2010/2011. Os programas PRE-POST foram eficientes no controle de Amaranthus viridis, Brachiaria plantaginea, Bidens pilosa, Commelina benghalensis, Eleusine indica, Euphorbia heterophylla e Raphanus raphanistrum, sendo semelhantes aos níveis de controle do programa com duas aplicações de glyphosate POST. Alguns programas PRE-POST não foram eficientes para Cenchrus echinatus, Ipomoea hederifolia e Ipomoea triloba. Sulfentrazone e diclosulam PRE-POST melhoraram o controle de Ipomoea triloba em relação às aplicações sequenciais de glyphosate. Quanto à produtividade, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos herbicidas. As aplicações de herbicidas residuais em pré-emergência seguidos da aplicação de glyphosate em pós-emergência resultam em controles consistentes de plantas daninhas e evitam a competição inicial. Além disso, estes programas utilizam pelo menos dois modos de ação que contribuem para a diversidade do uso de herbicidas que será necessária para ficar à frente de novos casos de resistência, independentemente de quando as plantas daninhas possam aparecer.
ASSUNTO(S)
manejo de resistência a herbicida modo de ação herbicidas residuais programas de manejo de plantas daninhas pré-emergência pós-emergência
Documentos Relacionados
- Controle de plantas daninhas na cultura de soja resistente ao glyphosate
- Manejo de plantas daninhas em soja geneticamente modificada tolerante ao glyphosate
- Competição entre soja resistente ao glyphosate e plantas daninhas em solo compactado
- Manejo de Conyza bonariensis resistente ao glyphosate: coberturas de inverno e herbicidas em pré-semeadura da soja
- Glyphosate em mistura com herbicidas alternativos para o manejo de plantas daninhas