Hepatite C: características clínicas e biológicas relacionadas às diferentes formas de uso da cocaína

AUTOR(ES)
FONTE

Trends Psychiatry Psychother.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Introdução O vírus da hepatite C (HCV) está relacionado com graves patologias hepáticas, como a cirrose e o carcinoma hepatocelular, causando mais de meio milhão de mortes todos os anos, o que reflete um problema de saúde mundial. Sabe-se que usuários de drogas injetáveis possuem alta prevalência de infecção pelo HCV, sendo por isso considerados um dos maiores grupos de risco. Usuários de cocaína parecem ter maior risco de contrair o vírus do que usuários de outras drogas, e diversas hipóteses para essa associação estão sendo estudadas. Objetivo Revisar evidências de associação da infecção pelo HCV em usuários de cocaína, considerando a relevância das diferentes formas de administração da droga e comportamentos de risco. Métodos Esta foi uma revisão narrativa realizada nos principais bancos de dados científicos. Resultados e conclusão As evidências atuais sugerem que o uso de cocaína pode estar associado com a infecção por HCV devido às especificidades do padrão de consumo da droga, mesmo naqueles indivíduos que não fazem uso de drogas injetáveis, além de outros comportamentos de risco, como tatuagens e sexo desprotegido. Usuários de cocaína injetável parecem estar mais suscetíveis à contaminação do que usuários de cocaína não injetável. Entretanto, há a possibilidade de infecção devido ao compartilhamento de outros equipamentos de uso além das seringas (cachimbos, por exemplo). Além disso, prejuízos do sistema imune causados pela cocaína também parecem estar associados com a suscetibilidade de infecção pelo HCV, além da manutenção e piora dos sintomas da doença.

ASSUNTO(S)

hcv cocaína sistema imune uso de drogas drogas injetáveis drogas não-injetáveis

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