Hepatite B: considerações epidemiológicas, imunológicas e sorológicas com ênfase em mutação

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Hospital das Clínicas

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A prevalência mundial do vírus da Hepatite B é estimada em cerca 350 milhões de infectados cronicamente, tendo distribuição bastante variada com prevalências baixas desde inferiores a dois por cento, como Europa Ocidental, América do Norte, Nova Zelândia, Austrália e Japão - até altas, superiores a oito por cento como encontradas na África, Sudeste Asiático e China. No Brasil, a prevalência média é em torno de 8%. São descritos atualmente sete variações genotípicas do HBV, nomeadas de A a G, e quatro subtipos principais de antígenos de superfície: "adw", "ayw", "adr "e "ayr", existindo um grande interesse em identificar quais os subtipos e genotipos mais prevalentes a fim de correlacioná-los com manifestações clínicas e distribuição geográfica. Apesar do diagnóstico sorológico ser normalmente bastante sensível e específico, este não detecta casos de Hepatite B mutantes, cada vez mais freqüentes atualmente devido a escape e resistência de vacinação, terapias anti-virais, imunossupressão dentre outras. São descritas alterações genômicas no gene de superfície (envelope); gene X; gene do "core"; gene polimerase e gene "pré-core". As principais mutações ocorrem nos genes de superfície e nos genes "pré-core/core", podendo também ser conhecidas como hepatite oculta, uma vez que os marcadores de infecção ativa (AgHBs) e replicação viral (AgHBe) podem estar negativos. Assim, deve-se suspeitar de mutação viral nos casos em que a sorologia para a hepatite B indica imunidade ou parada da replicação com o quadro clínico evoluindo mal, excluído outras causas de hepatites.

ASSUNTO(S)

hepatite b epidemiologia serologia mutação

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