Hemorragia intraventricular após embolização de fístula dural

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

Resumo Justificativa e objetivos: Fístulas arteriovenosas durais (FAVD) são comunicações anômalas entre os canais venosos e arteriais da dura-máter cujo centro está localizado entre os folhetos da dura-máter. Para as circunstâncias nas quais o tratamento invasivo é obrigatório, as técnicas endovasculares se tornaram os pilares da prática, escolha atribuível a relatos de sua segurança e eficácia. Descrevemos o caso único e raro de uma FAVD tratada por embolização transarterial (ETA) e complicada por uma hemorragia intraventricular (HIV). Nosso objetivo foi destacar alguns aspectos centrais do manejo perioperatório desses pacientes para ajudar a melhorar uma futura abordagem de casos semelhantes. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 59 anos, com diagnóstico prévio de FAVD tipo IV (Cognard), apresentou-se para ETA, realizada fora da sala de cirurgia soBanestesia venosa total. O procedimento transcorreu sem complicações, e a angiografia intraoperatória revelou obliteração completa da fístula. No período pós-operatório imediato, a paciente apresentou sinais clínicos de aumento da pressão intracraniana (PIC) atribuíveis a uma HIV posteriormente diagnosticada, o que condicionou a colocação de um dreno ventricular, internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), vasoespasmo cerebral e internação hospitalar prolongada. Durante todo o período perioperatório, não houve alterações na oximetria cerebral. A paciente recebeu alta sem sequelas neurológicas. Conclusão: HIV pode ser uma complicação grave após o tratamento endovascular de FAVD. A observação e o monitoramento cuidadosos no pós-operatório permitem o diagnóstico precoce e o tratamento que aumenta as chances de um resultado melhor.

ASSUNTO(S)

hemorragia intraventricular malformação arteriovenosa fístula dural perfusão cerebral oximetria cerebral

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