Helmintoses gastrintestinais de ovinos no Sertão do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil: prevalência e fatores de riscos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Parasitol. Vet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Objetivou-se determinar a prevalência e os fatores de risco para as helmintoses gastrintestinais, caracterizando o manejo sanitário sob fatores condicionantes das formas de controle dessas parasitoses em rebanhos de ovinos da região do Sertão da Paraíba. A pesquisa foi desenvolvida no período de abril a julho de 2012. Foram visitadas propriedades, utilizando-se 465 animais, sendo coletadas individualmente amostras de fezes e sangue durante as visitas. Em cada propriedade, foi aplicado questionário para a coleta de informações acerca de variáveis que atuariam como possíveis fatores de risco. Observou-se que a prevalência das helmintoses gastrintestinais de ovinos na região do Sertão da Paraíba foi de 75,9%. Pelo menos um animal foi positivo para essas helmintoses, em 53 (98,1%) das 54 propriedades avaliadas. A análise de OPG (Ovos Por Gramas de Fezes) demonstrou que 51,8% dos animais apresentaram infecção leve, 27,1% infecção moderada, 9,9% infecção pesada e 11,2% infecção fatal. A utilização de anti-helmínticos ocorreu em 81,5% das propriedades (p <0,05). O fator de risco mais relevante neste estudo foi a área da propriedade, porque delimita a área de pastejo do animal. Propriedades com muitos animais e pouca área de pastejo, que são as mais abundantes no Sertão da Paraíba, tendem a apresentar alta prevalência de helmintoses gastrintestinais, pois os animais estão mais propensos à reinfecção. A região do Sertão da Paraíba apresenta uma elevada prevalência de helmintoses gastrintestinais em ovinos, e a área das propriedades é o fator de risco mais relevante para o desenvolvimento dessas parasitoses.

ASSUNTO(S)

opg haemonchus sp. semiárido ovinocultura vg

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