Heidegger e Blumenberg sobre a modernidade
AUTOR(ES)
Negru, Teodor
FONTE
Trans/Form/Ação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-08
RESUMO
O debate em torno da maneira como Heidegger e Blumenberg entendem a idade moderna é uma oportunidade para discutir duas abordagens diferentes sobre a história. Por um lado, do ponto de vista de Heidegger, a história deve ser entendida partindo do modo como o pensamento ocidental se relacionava com o Ser, o que, no pensamento metafísico, tomou a forma do esquecimento do Ser. Assim, a idade moderna representa a última etapa no processo do esquecimento do Ser, que anuncia o momento de repensar a relação com o Ser apelando para a autêntica divulgação do Ser. Por outro lado, Blumenberg entende a história como o resultado do processo de reocupação, o que significa substituir antigas teorias com teorias novas. Logo, para a abordagem histórica não é importante identificar épocas como períodos de tempo entre dois eventos, mas de pensar sobre as descontinuidades que ocorrem ao longo da história. A partir dai, a idade moderna é pensada não como uma expressão da radicalização do esquecimento do Ser, mas como uma resposta as crises de concepções medievais. Pela mesma razão, a interpretação da história como a história do esquecimento do Ser é considerada por Blumenberg para subordinar a história a um princípio absoluto, sem levar em conta as necessidades de seus protagonistas.
ASSUNTO(S)
antropologia blumenberg heidegger história modernidade ciência tecnologia
Documentos Relacionados
- Heidegger e Foucault, críticos da modernidade: humanismo, técnica e biopolítica
- A escuta, a espera e o silêncio: um olhar sobre a "indigencia da modernidade" no pensamento de Martin Heidegger e na poesia de Rainer Maria Rilke
- Habermas e Heidegger: uma discórdia filosófica. Reflexões sobre os Cadernos negros de Heidegger
- Sobre educação e modernidade
- Ensaios sobre fenomenologia: Husserl, Heidegger e Merleau-Ponty