Heart rate responses to different temperatures in juvenile Poppiana dentata ( )

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/04/2019

RESUMO

Resumo A temperatura é um dos principais fatores que influenciam o funcionamento cardiovascular dos animais ectotérmicos. Sendo assim, este estudo buscou investigar as respostas de frequência cardíaca de uma espécie de caranguejo de água doce, o Poppiana dentata, após exposição a temperaturas diferentes, visto que esta espécie geralmente reside em habitats de composição físico-química variável. As frequências cardíacas foram determinadas de maneira não invasiva em caranguejos jovens submetidos a três regimes de temperatura, cada um ao longo de uma sessão de oito dias de duração; A: exposição a 26oC (dois dias) para 30 °C (três dias) para 26 °C (dois dias), B: 26 °C (dois dias) para 32 °C (três dias) para 26 °C (três dias) e C: um controle a temperatura constante de 26 °C. As variações de frequência cardíaca foram significativas entre os regimes (P < 0,05), sendo que a frequência cardíaca mediana foi mais alta para o regime B (74 batimentos por minuto ou bpm) durante o insulto térmico (32 °C), em relação ao regime A (70 bpm) e ao controle (64 bpm). Observou-se particularmente uma supressão e uma inversão dos padrões cardíacos diurnos nos caranguejos dos regimes A e B, respectivamente, sem que as frequências do insulto térmico mais alto voltassem aos níveis anteriores ao insulto térmico durante a recuperação (26 °C). É possível que o P. dentata possua mecanismos cardiovasculares compensatórios responsáveis por essas respostas de frequências cardíacas variadas, o que pode indicar estratégias de adaptação às suas condições de habitat dinâmicas.Abstract Temperature is one of the main factors that influences cardiovascular functioning in ectotherms. Hence this study sought to investigate heart rate responses of a freshwater crab species, Poppiana dentata, to different temperature exposures since the species generally reside in habitats of fluctuating physicochemistry. Heart rates were non-invasively determined in juvenile crabs for three temperature regimes, each over an 8-day session; A: temperature exposures of 26 °C (2 days) to 30 °C (3 days) to 26 °C (3 days), B: 26 °C (2 days) to 32 °C (3 days) to 26 °C (3 days) and C: a control at constant 26 °C. Heart rate variations were significant among the regimes (P < 0.05), with the median heart rate being highest for regime B (74 beats per minute or bpm) during the temperature insult (32 °C), relative to regime A (70 bpm) and the control (64 bpm). Notably, a suppression and inversion of the diurnal cardiac patterns occurred for regimes’ A and B crabs respectively, with rates from the highest temperature insult not shifting back to pre-insult levels during recovery (26 °C). It is plausible that P. dentata may have compensatory cardiovascular mechanisms that account for these differential heart rate responses, possibly conveying adaptive strategies in its dynamic habitat conditions.

Documentos Relacionados