Health solid wastes in the assistance (home-care): consideration for a safe management / Resíduos sólidos de serviços de saúde na assistência domiciliar (home-care): considerações para um manejo seguro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O serviço de atendimento domiciliar à saúde vem crescendo de forma significativa nos últimos anos, e o desenvolvimento desta assistência terapêutica aos pacientes baseia-se na concepção de ação conjunta dos familiares e profissionais de saúde, proporcionando ao enfermo apoio psicoafetivo e melhor qualidade de vida dentro de suas limitações. Além disso, há uma expressiva redução de custos, uma diminuição do risco de infecções hospitalares pelo afastamento do paciente da microbiota hospitalar e o favorecimento da rotatividade de leitos ocupados em hospitais. Apesar de o manejo adequado de resíduos se tratar de procedimento de boa prática, inclusive para os gerados por pacientes no ambiente domiciliar, as empresas e profissionais que prestam este tipo de assistência deixam de gerenciá-lo da forma correta, seja por questões financeiras, por falta de conhecimento ou treinamento inadequado. Estimativas indicam que a cidade de São Paulo pode ter 7,5 toneladas/dia de resíduos potencialmente contaminados, sendo encaminhados em conjunto com os resíduos domésticos, pelo simples fato de não haver uma gestão adequada para essa modalidade de assistência à saúde. É importante avaliar a gravidade do problema de resíduos potencialmente perigosos serem misturados aos menos perigosos, aumentando-se substancialmente os riscos inerentes ao processo de manejo dos resíduos. Diante destes fatos, nesta dissertação discutiu-se e elaborou-se uma ferramenta de gestão, adaptada às condições de uma residência, entendendo-se como absolutamente possível serem alcançados objetivos relevantes à sociedade e ao ambiente. Como principais resultados, destaca-se, em primeiro lugar, a caracterização dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde RSSS, gerados durante a assistência domiciliar, que possibilitou uma série de informações relevantes, como a comparação dos pesos e volumes entre os resíduos perfurocortantes e os demais resíduos gerados, em que se constatou que os perfurocortantes representam menos de 0,60%, tanto em massa como em volume. Isto implica que os resíduos pertencentes aos Grupos A e B são a grande maioria, representando mais de 99% de todos os resíduos produzidos nas residências. Foi possível estabelecer a geração per capita de 2,64kg/dia, número semelhante ao produzido em ambientes hospitalares. Para a realização de cada coleta dos resíduos nas residências, são necessários cerca de 47 minutos, quando são percorridos 18,97km, oportunidade em que se retiram, em média, 109,05 litros, que representam 8,81kg. O segundo resultado significativo foi à elaboração do Manual de Procedimentos para o Manejo de Resíduos na Assistência Domiciliar, que estabelece uma série de passos para o manejo seguro dos resíduos produzidos. O manual foi baseado no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde PGRSS, preconizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, porém adaptado ao ambiente domiciliar. Traz contribuições importantes, dentre as quais se destacam: a determinação da responsabilidade de cada componente do processo de assistência domiciliar, frente a cada ação do Plano de Manejo dos Resíduos; estabelece condições mínimas adequadas para as etapas de armazenagem dos resíduos; fornece parâmetros para a identificação da qualidade dos serviços prestados por terceiros; constrói indicadores para que haja a possibilidade de monitoramento da eficácia do Plano; indica a necessidade premente da separação das ações de entrega de medicamentos e demais suprimentos, das ações de coleta dos resíduos e demais matérias, possivelmente contaminadas

ASSUNTO(S)

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