Headache after evaluation with transcranial magnetic stimulation in a healthy participant. Case report

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/09/2019

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Efeitos adversos durante a estimulação não invasiva do cérebro são eventos considerados raros. O objetivo deste estudo foi apresentar um caso de paciente com cefaleia intensa com sinais autonômicos após estimulação magnética transcraniana de pulso único. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 28 anos, saudável, voluntariamente se apresentou para participar de pesquisa sobre avaliação de excitabilidade cortical motora após a realização de injeção de lidocaína no músculo primeiro interósseo dorsal. O limiar motor em repouso foi estimado em quatro momentos: antes do procedimento, imediatamente após o procedimento, 30 minutos e uma hora após o procedimento. Foram realizados ao final do experimento 240 pulsos. A participante referiu cefaleia, de leve intensidade, que rapidamente progrediu para cefaleia intensa, hemicraniana à esquerda, na região onde os pulsos da estimulação magnética transcraniana foram aplicados. Em associação à dor, apresentou náuseas, vômitos, fotofobia, hiperemia conjuntival, lacrimejamento e edema palpebral ipsilaterais, com necessidade de atendimento em unidade de emergência. CONCLUSÃO: É possível que intensidades supralimiares (>100% do limiar motor em repouso) em estimulação magnética transcraniana de pulso único possam predispor a efeitos adversos. Outros fatores como anatomia do crânio, impedância elétrica, idade, sexo, estado cognitivo e afetivo, uso de fármacos, níveis hormonais, concentração de neurotransmissores e expressão de receptores, fatores genéticos e ciclo circadiano também podem ser implicados. Não há modelos de segurança bem estabelecidos para guiar protocolos de avaliação com estimulação magnética transcraniana de pulso único, considerada uma técnica com baixa incidência de efeitos adversos e com baixa demanda de atenção de estudos sobre segurança.ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Adverse effects during noninvasive stimulation of the brain are rare events. The objective of this study is to present a patient´s case with an intense headache with autonomic signs after single-pulse transcranial magnetic stimulation. CASE REPORT: A 28-year old female patient, volunteered to participate in a study on the evaluation of motor cortical excitability after the injection of lidocaine in the first dorsal interosseous muscle. The resting motor threshold was estimated at four moments: before the procedure, immediately after the procedure, 30 minutes, and one hour after the procedure. At the end of the experiment, 240 pulses were performed. The participant reported mild-intensity headache that rapidly progressed to severe, left hemicranial headache, the same region where the transcranial magnetic stimulation pulses were applied. In association with the pain, she had nausea, vomiting, photophobia, conjunctival hyperemia, lacrimation, and ipsilateral eyelid edema, requiring emergency care. CONCLUSION: It is possible that supraliminal intensities (>100% of resting motor threshold) in single-pulse transcranial magnetic stimulation may predispose to adverse effects. Other factors such as skull anatomy, electrical impedance, age, gender, cognitive and affective status, use of medications, hormone levels, the concentration of neurotransmitters and receptor expression, genetic factors and the circadian cycle may also be involved. There are no well-established safety models to guide assessment protocols with single-pulse transcranial magnetic stimulation, considered a technique with a low incidence of adverse effects and with little demand for safety studies.

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