Habilidades cognitivas em indivíduos muito idosos: um estudo longitudinal

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-02

RESUMO

Estudos longitudinais com idosos com mais de oitenta anos são escassos na literatura. A pesquisa foi delineada com o objetivo de analisar as modificações no perfil de algumas habilidades cognitivas em indivíduos muito idosos, em dois momentos, com um intervalo de três anos. Pesquisa do tipo quantitativo, com delineamento longitudinal e prospectivo. A amostra, randômica, foi constituída por 66 indivíduos de 80 a 95 anos de idade na etapa I e, três anos após, na etapa II, por 46 idosos. Os instrumentos usados foram: Escala de Depressão Geriátrica, Questionário de Percepção Subjetiva de Queixas de Memória, Mini-Exame do Estado Mental, Span de Números, Teste de Lembranças Livres e com Pistas de Buschke, Teste de Fluência Verbal - Categoria Animal. Houve uma pequena tendência de decréscimo no desempenho cognitivo em um período de três anos. Maior número de atividades de lazer e mais anos de escolaridade foram fatores preditivos de menor variação no desempenho cognitivo. Apesar da idade avançada, os idosos apresentaram um desempenho de habilidades cognitivas cujo declínio foi de intensidade leve, não sendo suficiente para acarretar mudanças significativas no seu padrão cognitivo.

ASSUNTO(S)

idosos neuropsicologia longevidade cognição

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