Habermas e Heidegger: uma discórdia filosófica
AUTOR(ES)
ROUANET, BARBARA FREITAG
FONTE
Estud. av.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
resumo Benedito Nunes enquanto crítico literário baseou parte de suas interpretação dos textos de Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Drummond e outros na obra Ser e tempo, de Martin Heidegger. Tomamos tal fato como ponto de partida para situar o pensamento de Heidegger no contexto da Segunda Guerra Mundial e seu envolvimento com o nacional-socialismo. O seu texto remete a um dos maiores críticos de Heidegger, o filósofo e sociólogo Jürgen Habermas, o primeiro a criticar, seguido de Marcuse, Adorno, Hugo Ott, Victor Farias e mais recentemente Emmanuel Faye, a atuação do autor de Sein und Zeit, enquanto professor e reitor da Universidade de Freiburg entre 1931-1945. Se Habermas, em sua crítica de 1953, ainda separara a filosofia de Heidegger do homem e cidadão, a partir de 1992 acaba convencido de que o antissemitismo e a adesão aberta de Heidegger ao partido nazista já permeavam, desde o início, sua obra filosófica. A recente (2013-2015) publicação dos chamados "Cadernos Negros" de Heidegger nos volumes 94, 95, 96, 97 e 98 nas Obras completas hoje, não deixam dúvida de que essa interpretação é correta, algo que Benedito Nunes, que faleceu em 2011, não podia saber.
ASSUNTO(S)
filosofia crítica literária nacional-socialismo antissemitismo existencialismo nihilismo história alemã
Documentos Relacionados
- Habermas e Heidegger: uma discórdia filosófica. Reflexões sobre os Cadernos negros de Heidegger
- Rogers e Heidegger: um encontro possível?
- Cuidado em Heidegger: uma possibilidade ontológica para a enfermagem
- Heidegger: de Agostinho a Aristóteles
- Compreensão e linguagem em Heidegger: ex-sistência, abertura ontológica e hermenêutica