Há espaço para o tratamento endovascular nas dissecções crônicas da aorta descendente?

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

OBJETIVO: Questões relativas a quais pacientes/doenças que efetivamente deveriam ser submetidos ao tratamento endovascular ainda geram controvérsias. O objetivo deste trabalho visa a questionar o tratamento endovascular nas dissecções crônicas tipo B de Stanford. MÉTODOS: No período de 2003 a 2006, 11 pacientes portadores de dissecção crônica da aorta tipo B de Stanford com dilatação somente no tórax (diâmetro > 5,5cm), foram submetidos à colocação de prótese endovascular autoexpansível pela artéria femoral. Todos os pacientes foram submetidos à angiotomografia de controle com 6 meses, 1 ano e após, anualmente, com o intuito de avaliar a presença de fluxo na falsa luz e estudar a evolução dos diâmetros da aorta torácica descendente e abdominal no decorrer do tempo. Para esta análise foram utilizados os testes Anova de duas vias para medidas repetidas e o qui-quadrado com o programa SPSS 13. RESULTADOS: Não houve mortalidade hospitalar. Nenhum paciente apresentou endoleak imediatamente após a operação. Durante o período de seguimento médio de 28 meses/paciente, não houve óbitos, um paciente foi submetido à substituição da aorta tóraco-abdominal e dois aguardam esta mesma intervenção. A endoprótese interrompeu o fluxo na falsa luz no tórax em 72,7% dos pacientes e, no abdome, somente em 18,2%, porém isto não implicou na redução dos diâmetros da aorta torácica nem abdominal. CONCLUSÃO: O tratamento endovascular nas dissecções crônicas tipo B de Stanford parece não ser suficiente para tratar esses pacientes no curto/médio prazo, apesar do tamanho reduzido da amostra estudada.

ASSUNTO(S)

aneurisma dissecante aorta aorta torácica aneurisma aórtico contenedores procedimentos cirúrgicos vasculares

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