Gut microbiome in neuropsychiatric disorders
AUTOR(ES)
MEJÍA-GRANADOS, Diana Marcela; VILLASANA-SALAZAR, Benjamín; COAN, Ana Carolina; RIZZI, Liara; BALTHAZAR, Marcio Luiz Figueredo; GODOI, Alexandre Barcia de; CANTO, Amanda Morato do; ROSA, Douglas Cescon da; SILVA, Lucas Scárdua; TACLA, Rafaella do Rosario; DAMASCENO, Alfredo; DONATTI, Amanda; AVELAR, Wagner Mauad; SOUSA, Alessandro; LOPES-CENDES, Iscia
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Antecedentes: Os transtornos neuropsiquiátricos são uma importante causa de morte e invalidez no mundo. Os mecanismos subjacentes a esses transtornos incluem uma constelação de etiologias estruturais, infecciosas, imunológicas, metabólicas e genéticas. Avanços nas técnicas de sequenciamento do DNA têm demonstrado que a composição do microbioma entérico é dinâmica e desempenha um papel fundamental não apenas na homeostase do hospedeiro, mas também em várias doenças. O microbioma entérico atua como mediador na sinalização das vias metabólica, neuroimune e neuroendócrina. Objetivo: Apresentar os estudos mais recentes sobre a possível influência do microbioma intestinal nas diversas doenças neuropsiquiátricas e discutir tanto os resultados quanto a eficácia dos tratamentos que envolvem a manipulação do microbioma intestinal. Métodos: foram examinadas algumas das evidências pré-clínicas e clínicas e estratégias terapêuticas associadas à manipulação do microbioma intestinal. Resultados: os táxons-alvo foram descritos e agrupados a partir dos principais estudos para cada doença. Conclusões: Entender a fundo a complexidade das interações ecológicas no intestino e sua associação com a suscetibilidade a certas doenças agudas e crônicas pode levar ao desenvolvimento de novos biomarcadores diagnósticos com base em alvos moleculares. Além disso, o estudo do microbioma intestinal pode auxiliar na otimização de tratamentos não farmacológicos emergentes, tais como o transplante de microbiota fecal, o uso de probióticos e intervenções nutricionais personalizadas. Dessa forma, terapias alternativas poderiam ser usadas para reduzir o impacto dos transtornos neuropsiquiátricos na saúde pública. Esperamos que esse conhecimento seja útil para médicos que cuidam de pacientes com diversos transtornos neuropsiquiátricos.