Guests uncomfortable? emotions in American sociology. / Hóspedes incômodas? emoções na sociologia norte-americana.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A presente tese examina a discussão teórica sobre emoções no âmbito da produção sociológica norte-americana recente, através de algumas posições e polarizações recorrentes, que demarcam as fronteiras entre escolas de pensamento de perspectivas distintas de análise das emoções de um ponto de vista sociológico. As polarizações são abordadas no âmbito dos debates travados entre as posições caracterizadas como biossocial, representada por Theodore Kemper e Jonathan Turner, e construtivista por Arlie Hochschild, Susan Shott e Steven Gordon. No debate, as divergências dizem respeito à própria definição de emoções e de seus elementos componentes ou causais. Trata-se de saber se as emoções são inatas e universais, pré-fixadas no organismo e distinguidas por certos hormônios, ou se as emoções são culturais-específicas e a sua definição um produto da interpretação do ator. Essas discordâncias, transpostas para as proposições de articulação dos níveis macro e micro de análise, contrastam a posição construcionista de que a vida social é organizada por regras de sentimento e vocabulários de emoções, com a posição biossocial que propõe os conceitos de poder e status como dimensões estruturantes, universais, fisiologicamente correlacionadas, de todas as relações sociais humanas. Considera-se que as divergências tornadas explícitas nesses debates, retomam e atualizam questões polemizadas pelos pragmatistas William James e John Dewey. Concluise que uma análise sociológica e integradora das emoções em seus nexos com o corpo ainda precisa ser buscada, embora já se configurem.

ASSUNTO(S)

construção social emoções ciencias humanas emotions american sociology sociologia norte-americana universality universalidade social construction

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