GROUPNESS RACIAL E FLUTUAÇÕES ATITUDINAIS DE PARDOS ENTRE FRONTEIRAS SIMBÓLICAS E SOCIAIS

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. Ci. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/10/2019

RESUMO

Neste artigo, examinamos a permeabilidade das fronteiras simbólicas raciais a partir da identificação e análise de atitudes referentes: (1) ao preconceito; (2) à mistura racial e (3) ao apoio às políticas de cotas. Mais especificamente, exploramos a hipótese de que as opiniões posicionais dos pardos, em virtude da sua localização intermediária no espectro de cor brasileiro, são marcadas por uma flutuação entre os padrões adotados por brancos e por pretos. Verificamos que há convergência atitudinal entre os grupos raciais, com exceção da discriminação racial, temática na qual brancos e pardos assumem padrões similares. Este resultado fortalece a visão dos indivíduos pardos como negociadores de fronteiras – seja ao se distanciar dos pretos, como no racismo, ou se aproximar deles, como no caso das cotas – em consonância com as identidades e interesses implicados em sua posição no continuum de cor.In this article, we examine the permeability of racial symbolic boundaries through the identification and analysis of attitudes concerning the following aspects: (1) prejudice; (2) racial mixing, and (3) support for racial quota policies. More specifically, we explore the hypothesis that the positional opinions of pardos , due to their intermediate location in the Brazilian color spectrum, are marked by a fluctuation between the patterns adopted by whites and by blacks. We found an attitudinal convergence between racial groups, with the exception of racial discrimination, in which whites and pardos assume similar patterns. This result suggests that brown individuals are boundary negotiators – whether to distance themselves from blacks, as in the case of racism, or to approach them, as in the case of quotas – in line with the identities and interests implied by their position on the color continuum .

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