Grau de concordância da classificação de risco de usuários atendidos em um pronto-socorro utilizando dois diferentes protocolos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Os pronto-socorros brasileiros convivem diariamente com uma superlotação que é agravada por problemas organizacionais como o atendimento por ordem de chegada, sem estabelecimento de critérios clínicos. A implantação da classificação de risco tem sido uma medida adotada pelo Ministério da Saúde para organização da demanda e humanização do atendimento, no intuito de minimizar o risco para os pacientes que esperam por atendimento médico. O enfermeiro tem sido apontado como o profissional mais capacitado para realizar a classificação de risco, sendo legalmente amparado por um protocolo para subsidiar a tomada de decisão. O objetivo deste estudo foi verificar o grau de concordância entre um protocolo institucional e o protocolo de Manchester para a classificação de risco de pacientes atendidos no pronto-socorro de um hospital público de Belo Horizonte MG. Trata-se de estudo descritivo comparativo, onde 382 prontuários foram avaliados e foi realizada a classificação de risco utilizando dois protocolos: o protocolo estabelecido na instituição e o protocolo de Manchester, a partir do registro realizado pelos enfermeiros. Para determinação do grau de concordância entre os protocolos foram calculados os índices kappa ponderado e não ponderado. Testes estatísticos foram utilizados para identificar os fatores que influenciaram as concordâncias e discordâncias entre os protocolos. Os resultados mostraram que a concordância entre os protocolos é média, quando considerados os erros de classificação ocorridos entre cores vizinhas (kappa = 0,48), e boa quando considerados os erros de classificação ocorridos entre cores extremas (kappa = 0,61). O protocolo de Manchester aumentou o nível de prioridade dos pacientes quando comparado ao protocolo institucional, demonstrando ser um protocolo mais inclusivo. Os achados de respiração ineficaz, dor intensa, febre, dor e problema não recente foram as queixas determinantes para a classificação dos pacientes em ambos os protocolos nas cores vermelha, laranja, amarela, verde e azul. A idade e o registro completo da queixa principal são fatores que influenciam no resultado da classificação de risco para o protocolo institucional.

ASSUNTO(S)

dissertações acadêmicas decs enfermagem decs triagem/classificação decs enfermagem em emergência decs humanos decs protocolos clínicos decs serviços médicos de emergência decs enfermagem teses

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