Glycosynapses: microdomains controlling carbohydrate-dependent cell adhesion and signaling

AUTOR(ES)
FONTE

Anais da Academia Brasileira de Ciências

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-09

RESUMO

O conceito de microdomínios em membrana plasmática foi desenvolvido há mais de duas décadas, após a observação da polaridade da membrana baseada no agrupamento de componentes específicos da membrana. Microdomínios envolvidos na adesão celular dependente de carboidrato, com transdução de sinal que afeta o fenótipo celular são denominados ''glicosinapses''. Três tipos de glicosinapse foram observados: ''tipo 1'' que possue glicoesfingolipídio associado com transdutores de sinal (proteínas G pequenas, cSrc, cinases da família Src) e proteolipídios; ''tipo 2'' que possue glycoproteínas O-ligadas tipo mucina associadas com cinases da família Scr; e ''tipo 3'' que possue receptor de integrina, com glycanas N-ligadas, complexado com tetraspanina e gangliosídio. Tipos celulares diferentes são caracterizados pela presença de tipos específicos de glicosinapse ou suas combinações, cuja adesão induz transdução de sinal para facilitar ou inibir a sinalização. Ex., a sinalização através da glicosinapse tipo 3 inibe mobilidade celular e a diferenciação. Glicosinapses são distintas dos microdomínios conhecidos classicamente como ''caveolas'', ''membrana caveolar'', ou mais recentemente ''rafts lipídicos'', os quais não estão envolvidos na adesão celular dependente de carboidrato. Glicosinapses tipo 1 e tipo 3 são resistentes a regentes que se ligam ao colesterol, enquanto a estrututa e função de ''membrana caveolar'' ou ''rafts lipídicos'' são sensíveis a esses reagentes. Vários dados sugerem um papel funcional para as glicosinapses durante a diferenciação, o desenvolvimento e a transformação oncogênica.

ASSUNTO(S)

interação carboidrato-carboidrato proteína que se liga ao carboidrato integrina tetraspanina receptor de fator de crescimento

Documentos Relacionados