Ginseng, chá verde ou fibrato: opções válidas para prevenção da esteatohepatite não alcoólica?
AUTOR(ES)
MIRANDA-HENRIQUES, Mônica Souza de, DINIZ, Margareth de Fátima Formiga de Melo, ARAÚJO, Maria Salete Trigueiro de
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivos Panax ginseng, Camellia sinensis e bezafibrato foram comparados por suas propriedades hipolipemiantes, antioxidantes e anti-inflamatórias, como potenciais agentes capazes de prevenir a doença hepática gordurosa não alcoólica e sua progressão para esteato-hepatite não alcoólica. Métodos Cinqüenta ratos Wistar foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos: G1 (alimentados com dieta padrão); G2 (alimentados com dieta hipercalórica com 58% de energia a partir de gordura); G3 (dieta rica em gordura + extrato padronizado Panax ginseng em 100 mg / kg / dia); G4 (dieta rica em gordura + extrato de Camellia sinensis padronizado a 100 mg / kg / dia); e G5 (dieta rica em gordura + bezafibrato, a 100 mg / kg / dia), administrado via oral. Os animais foram sacrificados após oito semanas e o sangue foi coletado para determinação da glicose, insulina, colesterol, triglicérides, AST, ALT, fosfatase alcalina e gama-glutamil transferase. O sistema NAS de pontuação para doença hepática gordurosa não alcoólica foi utilizado para analisar as amostras de fígado. Resultados e conclusões A dieta hipercalórica resultou em um aumento significativo no peso corporal dos animais, associado a alterações bioquímicas e elevações enzimáticas. Os escores de esteatose, inflamação e balonização hepatocelular foram significativamente mais elevados neste grupo. As variáveis bioquímicas e histológicas foram estatisticamente semelhantes entre os grupos bezafibrato e controle. O uso do extrato do Panax ginseng esteve associado a um menor ganho de peso dos animais, em média, bem como a menores índices nos escores de esteato-hepatite (esteatose e inflamação) em comparação com o grupo apenas alimentado com dieta hipercalórica. No grupo ao qual foi administrado o extrato da Camellia sinensis uma resposta bioquímica e histológica menos pronunciada foi observada, entretanto, com menores escores de balonização quando comparado ao grupos do Panax ginseng.
ASSUNTO(S)
panax camellia sinensis hepatopatias síndrome x metabólica
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