Gestão escolar democrática: discursos de transformação ou conservação?
AUTOR(ES)
Simone Vieira de Melo Shimamoto
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Esta dissertação é resultado de pesquisa realizada durante os anos de 2009/2010, no curso de Mestrado, Linha de Políticas e Gestão em Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Problematiza questões concernentes a Políticas Públicas e Gestão Escolar, tendo como foco a práxis da gestão escolar democrática (GED) no Brasil, analisando como esta tem se constituído a partir dos anos de 1980. Para o desenvolvimento do trabalho definimos como imprescindível explanar uma concepção de GED que tivesse como elementos essenciais as categorias descentralização, participação e autonomia, consideradas em seu conjunto como bases definidoras de um modelo de gestão. As teses que estruturam esta dissertação partem de duas questões que conduzem o trabalho: existiriam hoje, substancialmente estruturados, fios teóricos que fundamentassem as condições concretas e as possibilidades de materialização de uma política educacional escolar com raiz democrática? Como, no modelo societal instalado, se concebe a GED, considerando-se as matrizes conceituais e as políticas educacionais desenvolvidas? Com vias a uma síntese possível, metodologicamente, desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica, subsidiados por uma análise crítica investigativa com perspectiva dialética, vislumbrando o objeto em sua contextualização histórica, política e social, portanto, em sua concretude na e pela práxis. Compreendemos que a GED constitui-se dinâmica e historicamente, inserida num contexto complexo em que questões microestruturais são tecidas junto às orientações macroestruturais. Exercitamos um movimento de tese/antítese/síntese com vias a aprimorar nossas reflexões e definir canais lógicos que nos permitam aprimorar nossas reflexões e conhecimentos. Os resultados deste estudo demonstram-nos, no contexto investigado, que não há possibilidade de constituição da GED, posto que de fato o que se efetiva são os modelos participacionistas conciliadores para manutenção de um padrão autocrático de administração, focado em moldes tayloristas, tecido em fios neoliberais que têm no individualismo, gerencialismo e competitividade sua estrutura de funcionamento e concretude.
ASSUNTO(S)
gestão escolar democrática participação autonomia educacao educação e estado - brasil escolas - organização e administração autonomia escolar escolas descentralização democratização da educação democratic school management participation autonomy
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3449Documentos Relacionados
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