Gestação em mulheres em tratamento hemodialítico: série de casos em um centro de referência do Sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-01

RESUMO

OBJETIVOS: Descrever os resultados maternos e neonatais de mulheres grávidas que estavam em tratamento de hemodiálise em um centro de referência no Sudeste brasileiro. MÉTODOS: Estudo retrospectivo e descritivo, com revisão de prontuários de todas as gestações em hemodiálise, acompanhadas no pré-natal especializado da região Sudeste do Brasil. RESULTADOS: Entre as 16 mulheres identificadas, 2 foram excluídas devido à perda de seguimento. Das 14 descritas, a hipertensão foi a causa mais frequente de insuficiência renal crônica (50% dos casos). A maioria (71,4%) realizava tratamento de hemodiálise há mais de um ano e todas elas foram submetidas a 5 ou 6 sessões por semana. Onze mulheres tinham hipertensão crônica, 1 das quais também era diabética, e 6 eram fumantes. Em relação às complicações da gravidez, 1 das mulheres hipertensas desenvolveu hipertensão maligna (com restrição de crescimento fetal e parto prematuro com 29 semanas), 2 tiveram edema pulmonar agudo e 2 apresentaram descolamento prematuro de placenta. O tipo de parto foi cesariana em 9 mulheres (64,3%). Todos os recém-nascidos tiveram Apgar aos cinco minutos maior que 7. CONCLUSÕES: Para melhorar os resultados perinatais e maternos de mulheres em hemodiálise, é importante ter uma abordagem multidisciplinar em centro de referência, um controle rigoroso da uremia, hemoglobina e pressão arterial materna, bem como acompanhar de perto o bem-estar fetal e a morbidade materna. Outra estratégia importante é a orientação adequada para contracepção nessas mulheres.

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