Germinação e alometria de Euterpe edulis comparadas à palmeira introduzida Euterpe oleracea e seus híbridos na floresta Atlântica

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-11

RESUMO

Palmeiras são plantas características dos trópicos que apresentam relações alométricas peculiares. Compreender tais padrões pode ser útil no caso de espécies introduzidas, uma vez que sua habilidade de estabelecimento e invasão deve ser esclarecida em relação as suas respostas à nova localidade. Nosso propósito foi compreender a sobrevivência e a capacidade de invasão de uma palmeira introduzida na floresta Atlântica, Euterpe oleracea Mart. (açaizeiro) comparada à palmeira nativa Euterpe edulis Mart. (juçara), também considerando seus híbridos. Para isso comparamos suas relações alométricas em estádios ontogenéticos, sua germinação e seu desenvolvimento inicial. Os estádios ontogenéticos propostos para ambas as Euterpe ilustraram os padrões de crescimento esperados para palmeiras. E. oleracea e híbridos apresentaram-se sob o modelo alométrico de similaridade geométrica e E. edulis apresentou inclinação maior do que este modelo. E. oleracea produziu a mesma quantidade de polpa por fruto que E. edulis. As principais diferenças observadas foram menor taxa de germinação e maior velocidade de crescimento em altura para as plântulas de E. oleracea. Em conclusão, nossos resultados indicam que E. oleracea, sendo similar a E. edulis em termos de alometria, desenvolvimento e morfologia de sementes e plântulas, pode ser um importante competidor para a espécies nativa na Floresta Atlântica.

ASSUNTO(S)

palmeiras hibridização modelo de crescimento introdução de espécies

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