Germinação de sementes de Ocotea pulchella (Nees) Mez (Lauraceae) em laboratório e em ambiente natural de Restinga

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-08

RESUMO

É apresentada a germinação de sementes de Ocotea pulchella (Nees) Mez em resposta a: luz, temperatura, nível de água e presença de polpa. Os ensaios de laboratório foram realizados em câmaras de germinação e em equipamento de gradiente térmico, e os de campo, em ambientes com diferentes condições de luz, temperatura e umidade no solo, em uma parcela permanente em floresta de Restinga no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Cananéia, São Paulo. As sementes de Ocotea pulchella não possuem dormência, são afotoblásticas, e a perda de viabilidade de sementes armazenadas a seco pode estar relacionada a um decréscimo no seu conteúdo de água. A presença da polpa e o substrato alagado afetaram negativamente a germinação de O. pulchella em laboratório. Luz e temperatura não são provavelmente fatores limitantes da germinação de sementes de O. pulchella no ambiente natural da Restinga. A faixa térmica ótima de germinação foi de 20 a 32 ºC; a temperatura mínima ou base foi estimada em 11 ºC; e a temperatura máxima variou de 33 a 42 ºC. As isotermas na faixa térmica infraótima exibem padrão sigmoidal e foram bem descritas pelo modelo de Weibull. A germinabilidade no sub-bosque, tanto em solo com maior umidade como em solo mais seco, foi maior do que em clareira. No sub-bosque não houve diferença na germinação em relação a variações na umidade do solo, ao passo que em clareiras a germinabilidade foi maior em solo mais úmido. Assim, a germinação dessa espécie deve ser função da interação de fatores, não podendo ser explicada apenas por um único fator.

ASSUNTO(S)

ocotea pulchella germinação restinga temperatura luz

Documentos Relacionados