GERENCIALISMO E PÓS-GERENCIALISMO: EM BUSCA DE UMA NOVA IMAGINAÇÃO PARA AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL

AUTOR(ES)
FONTE

Sociol. Antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/12/2019

RESUMO

Resumo Após cerca de duas décadas de predomínio da perspectiva gerencialista como referência para o reformismo no sistema educacional brasileiro, verifica-se uma crise de imaginação, a qual não deixa de produzir um vazio que ajuda a explicar o atual protagonismo de questões relacionadas à moralidade e a clivagens ideológicas no debate sobre educação. E isso em um país que ainda encontra sérios problemas para assegurar o direito básico de aprendizagem. Na literatura internacional, a crise do gerencialismo já se encontra fartamente mapeada, animando o desenvolvimento de novos pressupostos e conceitos que procuram incorporar suas principais virtudes e avançar em relação a seus limites. Denominamos essa literatura “pós-gerencialista”, sustentando que sua leitura pode ser de grande valia para fomentar a inovação nas políticas educacionais, tendo em vista a necessidade de aprofundarmos as promessas da Constituição de 1988, que faz da escola uma âncora fundamental para a democracia brasileira.Abstract After approximately two decades in which the managerial perspective has predominated as the main framework for reformism in the Brazilian educational system, a crisis of imagination has emerged, generating a void that helps explain the current prominence of issues relating to morality and the ideological schisms now found within the education debate. Moreover, this situation has occurred in a country that still encounters serious problems ensuring the basic right to education. In the international literature, the crisis in managerialism has already been densely mapped, encouraging the development of new premises and concepts that seek to incorporate its main virtues and advance beyond its limitations. We refer to this literature as ‘post-managerialist,’ arguing that its reading can be valuable to fostering innovation in educational policies, recognizing the need to deepen the promises of the 1988 Constitution, which makes schooling a basic foundation of Brazilian democracy.

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