Gerações no movimento do movimento : um estudo do envelhecimento no MST

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta Dissertação de Mestrado estuda a situação das pessoas idosas dentro do Movimento Sem Terra e as práticas sociais que formam/educam estes idosos. Os elos que entrelaçam e fundamentam o estudo são as questões do envelhecimento, dos movimentos sociais em geral, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da educação. Trata-se de um estudo de caso de natureza qualitativa que envolveu sete pessoas com idade avançada em dois assentamentos no Rio Grande do Sul. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e observações da vida cotidiana destes sujeitos, voltadas para as categorias analíticas de “luta”, “trabalho” e “relações comunitárias”. Uma análise dos dados demonstra, que todos os sujeitos participaram ativamente da construção do Movimento. Atualmente, seis dos sete idosos não se envolvem mais ativamente nas lutas clássicas do MST, vivendo certo conflito interno entre a exigência de um movimento contínuo colocado pelo MST e a percepção das suas limitações próprias pela idade e saúde, mas também por encontrar pouco espaço de atuação no próprio Movimento. Desta forma, o envelhecimento também no campo coloca o desafio para o MST de encontrar espaços adequados para seus membros idosos de continuarem na luta. A partir das falas dos participantes percebe-se a possibilidade de que manter as tradições do campo (sementes crioulas, cuidado com a biodiversidade, etc.) e manter as tradições do próprio Movimento poderia constituir um espaço adequado para este grupo etário.

ASSUNTO(S)

movimento dos trabalhadores rurais sem terra. pessoa idosa envejecimiento trabalhador rural movimientos sociales del campo psicologia do desenvolvimento educación mst ancianos

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