Geoquímica das rochas vulcânicas-subvulcânicas alcalinas do Arquipélago de Fernando de Noronha, Oceano Atlântico Meridional

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

O Arquipélago de Fernando de Noronha mostra na sua ilha principal, na parte central, a Formação Remédios (idade em torno de 8 - 12 Ma) constituída por rochas piroclásticas basais invadidas por diques, plugs e domos de variadas rochas ígneas, capeadas por derrames e piroclásticas das rochas máficas a ultramáficas da Formação Quixaba (idade de 1 a 3 Ma), separada da unidade inferior por uma superfície de erosão extensa e irregular. Uma série predominante sódica de Remédios (basanitos, tefritos, tefrifonolitos, essexito, fonolitos) pode ser diferenciada da série moderadamente potássica (álcali basaltos, traquiandesitos, traquitos), pertencente à mesma unidade. Ambas as séries mostram tendências geoquímicas geralmente contínuas em diagramas de variação de elementos maiores e traços, indicando origem por cristalização fracionada (principalmente, separação de minerais máficos, incluindo apatitas e titanitas). São encontradas evidências mineralógicas e texturais apontando para origens hibridas em algumas rochas intermediárias (e.g., fenocristais reabsorbidos de piroxênio em traquiandesitos basálticos e alguns lamprófiros). As rochas primitivas do evento Quixaba, também alcalinas, são mormente melanefelinitos fortemente insaturados e basanitos. A geologia (superfície de erosão), estratigrafia (dois eventos magmáticos distintos separados por período prolongado), petrografia (evento Remédios petrograficamente variado, o Quixaba mais uniforme) e geoquímica indicam que as ilhas são o resultado de prolongado vulcanismo, alimentado por fundidos intermitentes de manto enriquecido, não relacionado com atividade de pluma astenoférica.

ASSUNTO(S)

oib oceâno atlántico meridional rochas vulcânicas-subvulcânicas máficas a ultramáficas séries sódica e potássica

Documentos Relacionados