Genotipagem RHD fetal no plasma materno como ferramenta não invasiva na predição do risco da doença Hemolítica Perinatal em gestantes RHD negativo
AUTOR(ES)
Luciana Cayres Schmidt
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/11/2011
RESUMO
O acompanhamento a gestantes RhD negativo é baseado na premissa de que seus fetos podem estar em risco de desenvolver a doença hemolítica perinatal (DHPN), o que pode trazer sérios riscos ao feto. Procedimentos invasivos como amniocentese ou cordocentese podem ser utilizados para se conhecer o fenótipo RhD fetal, entretanto, oferecem riscos ao feto e à gestante. A possibilidade de se detectar o gene RHD no DNA fetal extraído do plasma materno possibilitou um grande avanço no protocolo de atendimento a gestantes RhD negativo por ser um procedimento não invasivo e que, portanto, não acarreta qualquer risco à mãe ou ao feto. Material e métodos: 55 amostras de sangue de gestantes RhD negativo foram processadas para purificação do DNA fetal. PCR em tempo real foi realizada para amplificar segmentos dos exons 5 e 7 do gene RHD. Os resultados da genotipagem fetal no plasma materno foram comparados com a fenotipagem RhD dos recém-nascidos, realizada em amostras de sangue umbilical colhida ao nascimento. Também foram realizadas PCR para detecção do gene SRY e para estudo da zigozidade RHD paterna, quando a amostra paterna estava disponível. Resultados: Os resultados da genotipagem RHD fetal puderam ser comparados com 43 fenótipos RhD dos recém-nascidos. Houve cinco resultados inconclusivos, nenhum falso negativo e um falso positivo, devido a uma provável fenotipagem RhD incorreta. A sensibilidade do teste foi de 100%, a especificidade foi de 94,1% e a concordância dos resultados moleculares com os sorológicos foi de 97,7%, se considerarmos que o único resultado sorológico discordante estava correto. Entretanto, este não parece ser o caso, uma vez que a genotipagem usando DNA fetal extraído de plasma materno foi concordante com a genotipagem RHD a partir de células da mucosa bucal do recém-nascido. Conclusão: O teste para a genotipagem RHD fetal não invasiva mostrou-se sensível e viável como ferramenta auxiliar na rotina de atendimento a gestantes RhD negativo.
ASSUNTO(S)
eritroblastose fetal teses. genética teses. genotipagem rhd gestantes rhd negativo
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8L7MQ6Documentos Relacionados
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