Genetic breeding of the common bean with emphasis in the pyramiding of resistance genes to the angular leaf spot / Melhoramento genético do feijoeiro com ênfase na piramidação de genes de resistência à mancha-angular

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Uma estratégia para obtenção de cultivares com resistência a um maior número de patótipos e por um maior período de tempo é a piramidação, onde o objetivo é incorporar em um único cultivar o maior número possível de genes de resistência. Com o intuito de transferir genes de resistência à ferrugem (Ur-ON), antracnose (Co-10), e mancha-angular (Phg-ON), do cultivar Ouro Negro para o cultivar Pérola, e o gene de resistência à mancha-angular (Phg-3) do cultivar Cornell 49-242 para o cultivar Rudá, foram conduzidos dois subprogramas de retrocruzamentos. Para alcançar este objetivo, foram utilizadas inoculações com os patógenos incitadores das doenças, análises de fingerprinting molecular, marcadores moleculares ligados aos genes de resistência e testes de progênie. Por meio do método de retrocruzamentos, foram obtidas quatro famílias RC3F5 (Pérola x Ouro Negro) homozigotas para as três doenças e possuindo simultaneamente as bandas de tamanhos específicos ligadas aos locos de resistência: OPX11550a, OPAJ18560a, SCAR F101050a e SCAR BA08560a (Ur-ON e Co-10); SCAR BA16669a e SCAR AA19650a (Phg-ON). Também foram obtidas plantas RC2F1 (Rudá x Cornell 49-242) resistentes à mancha-angular e possuindo a marca molecular produzida pela amplificação de SCAR N02890a ligado ao gene Phg-3. Essas plantas foram cruzadas com uma isolinha denominada Rudá R, a qual já possui piramidados cinco genes de resistência, sendo um para a ferrugem (Ur-ON), um para a mancha-angular (Phg-1) e outros três para antracnose (Co-4, Co-10 e Co-6). De acordo com estudos de alelismo realizados anteriormente e as isolinhas disponíveis, foram estabelecidas as possíveis e melhores combinações visando a piramidação de genes de resistência à manchaangular. Em uma primeira etapa, os cruzamentos foram realizados de forma direcionada em dois esquemas conduzidos separadamente: isolinhas MAR- 138A-1-11-4 x BAT-67-15-8 e MEX-37-3-6-3 x Ruda R. Considerando o primeiro esquema de cruzamento, foi utilizado o patótipo 63.19 de Phaeoisariopsis griseola na verificação da natureza híbrida das plantas F1. As plantas resistentes tiveram seu DNA extraído e amplificado com os marcadores moleculares OPE04500a e OPAO12950a. Essas plantas F1 resistentes e que apresentaram marcas moleculares foram intercruzadas com a isolinha Rudá R. Deste modo, obtiveram-se plantas F1 (híbrido triplo), as quais foram inoculadas com o patótipo 65 de Colletotrichum lindemuthianum e monitoradas com os marcadores moleculares: SCAR F101050a (Ur-ON e Co-10), SCAR BA8560a (Ur-ON e Co-10), SCAR AZ20845a (Co-4), SCAR Y20830a (Co-6), SCAR H13520a (Phg-1), OPE04500a (Phg-4 e/ou Phg-52) e OPAO12950a (Phg-62). A geração F2 segregou para todos estes locos, porém, foram encontradas plantas contendo todas as marcas. No segundo esquema de cruzamento, plantas F1 MEX-37-3-6-3 x Ruda R foram avançadas por meio de autofecundações até a geração F3. Neste caso, também foram monitorados os genes de resistência por meio de inoculação com o patótipo 65 de C. lindemuthianum e uso dos marcadores moleculares: SCAR F101050a (Ur-ON e Co-10), SCAR BA8560a (Ur-ON e Co-10), SCAR AZ20845a (Co-4), SCAR Y20830a (Co-6), SCAR H13520a (Phg-1) e OPE04650a (Phg-2 e/ou Phg-5 e/ou Phg-6). O material a ser obtido ao final do processo de melhoramento iniciado neste trabalho, após ser testado quanto à resistência e ao desempenho agronômico, poderá também ser lançado como novo cultivar e servir como banco de genes de resistência para cultivares mais modernos.

ASSUNTO(S)

phaeoisariopsis griseola phaeoisariopsis griseola piramidação genetica molecular e de microorganismos pyramiding marcadores moleculares molecular markers

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