Gênesis da classificação: uma análise de conteúdo a partir da definição

AUTOR(ES)
FONTE

Perspect. ciênc. inf.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

RESUMO Na literatura, existem palavras que apresentam mais de um significado nos múltiplos contextos, e isso as faz terem interpretações ambíguas ou mesmo serem consideradas polissêmicas; é o caso da palavra classificação. Nas diversas acepções da palavra, ela pode significar um processo, um sistema de classificação ou uma disciplina. Este artigo tem como objetivo estudar a perspectiva interdisciplinar do significado da palavra classificação, a partir das acepções sugeridas pelos autores da área, com o intuito de traçar sua evolução e contexto histórico. Utiliza-se a base metodológica proposta por Bardin (2011) sobre Análise de conteúdo, aplicada nas 40 definições selecionadas a partir do artigo “Classification” (Hjørland, 2017), como amostra da pesquisa. Os resultados das análises léxicas e categoriais das definições confirmaram os pressupostos de que a classificação traça sua história pelas bases categoriais aristotélicas, tendo começado seu desenvolvimento dicotômico com os estudos de Porfírio, ganhado projeção com o sistema de categorias taxonômicas de Lineu, com a ideia de “divisão e denominação” para classificar os seres em grupos, com a obra A Origem das espécies de Darwin; e, no âmbito da Biblioteconomia e Ciência da Informação, com os estudos iniciados pelo bibliotecário Richards (1860-1939), no século XIX, influenciando os estudos de autores como Sayers (1881-1960), Bliss (1870-1955) e. Ranganathan (1892-1972), entre outros. Na área da Biblioteconomia e Ciência da Informação, a classificação tem sido estudada como uma disciplina, um processo de agrupar e ordenar o conhecimento, e como instrumento de representação da informação, contribuindo para a sua organização e recuperação.

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