Gênero, medicina e filantropia: Maria Rennotte e as mulheres na construção da nação
AUTOR(ES)
Mott, Maria Lucia
FONTE
Cadernos Pagu
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-06
RESUMO
O artigo analisa a trajetória da belga Maria Rennotte que em 1878 mudou-se para o Brasil, onde trabalhou como preceptora, professora e médica. Com seus escritos e sua prática social, Maria Rennotte lutou pelos direitos das mulheres a uma melhor educação, ao acesso a diferentes tipos de trabalho, à obtenção de um corpo mais saudável, à cidadania política. Pregou a participação das mulheres em entidades assistenciais, e fundou uma filial da Cruz Vermelha na capital paulista. A análise de sua trajetória possibilita afirmar que apesar de desconsideradas politicamente, não terem reconhecidos os direitos civis, possuírem limitadas oportunidades educacionais e de trabalho remunerado e serem identificadas basicamente como mães e esposas, pela atuação nas associações filantrópicas as mulheres participaram efetivamente da vida nacional, deixando sua marca nos serviços prestados à população, nas leis, na organização de instituições de ensino e de saúde e no desenvolvimento do conhecimento científico.
ASSUNTO(S)
filantropia gênero profissionais de saúde medicina cruz vermelha maria rennotte
Documentos Relacionados
- Mulheres poderosas: género, raça, sexualidade, classe, nação e outras categorias nómadas na literatura contemporânea de mulheres africanas
- O/A Profissional: As Interfaces de Gênero, Carreira e Expatriação na Construção de Trajetórias de Mulheres Expatriadas
- Imperialismo & filantropia: a experiência da Fundação Rockefeller e o sanitarismo no Brasil na Primeira República
- Gênero, classe e etnia em As mulheres de Tijucopapo
- Interseccionalidade gênero, raça e etnia e a lei Maria da Penha