GASTRECTOMIA VERTICAL E FUNDOPLICATURA COMO PROCEDIMENTO ÚNICO EM PACIENTES COM OBESIDADE E REFLUXO GASTROESOFÁGICO
AUTOR(ES)
LASNIBAT, Juan Pablo, BRAGHETTO, Italo, GUTIERREZ, Luis, SANCHEZ, Felipe
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-09
RESUMO
RESUMO Racional: A cirurgia bariátrica no Chile tem visto aumento exponencial nos últimos anos, especialmente na gastrectomia vertical. Atualmente, o seu uso é discutido em pacientes que sofrem de refluxo gastroesofágico. Diferentes opções foram consideradas para o gerenciamento desses pacientes, mas até agora o bypass gástrico em Y-de-Roux laparoscópico parece ser a melhor opção. A gastrectomia vertical mais fundoplicatura concomitante ou o reparo da hérnia hiatal também foi sugerido em pacientes com refluxo ou hérnia hiatal pequena. Objetivo: Apresentar uma coorte de pacientes obesos com refluxo gatroesofágico submetidos a esse procedimento, que busca proporcionar os benefícios da gastrectomia vertical laparoscópica (LSG) e da operação antirrefluxo focada na avaliação da presença de refluxo e IMC após a operação, e comparar a o resultado observado nesta coorte com um grupo anterior de pacientes obesos sem refluxo submetido somente à gastrectomia vertical. Métodos: Série de casos retrospectivos em 15 pacientes submetidos à essa operação entre os anos de 2003 e 2012. Os registros clínicos foram analisados e os valores de monitoramento de pH 24 h, manometria esofágica e desfecho clínico foram registrados. Os resultados foram comparados com uma série anterior de pacientes submetidos à LSG. Não foram feitas análises estatísticas. Resultados: O grupo A consistiu em 15 pacientes submetidos a LSG mais fundoplicatura e 93% (n=14) eram mulheres. A idade média foi de 46,2 anos. O índice de massa corporal pré-operatório médio (IMC) foi de 33,9. Todos os pacientes apresentaram monitoração de pH e manometria pré-operatória alteradas. Houve uma complicação menor correspondente a um seroma. Não houve mortalidade perioperatória. O grupo B consistiu de 23 pacientes obesos submetidos à LSG. Esses pacientes desenvolveram refluxo de novo, LES hipotensos e esofagite após a operação. Os pacientes do grupo A apresentaram melhora no monitoramento e manometria do pH esofágico aos três meses. Durante o seguimento em longo prazo, seis foram submetidos à operação revisional, quatro por recuperação de peso, um por peso recuperado associado a refluxo sintomático e um submetido à reintervenção por refluxo. Conclusões: Bons resultados são observados no seguimento em curto prazo na resolução de refluxo e perda de peso. No entanto, os resultados em longo prazo são desencorajadores, pois 53,3% dos pacientes necessitaram de operação revisional durante o acompanhamento.
ASSUNTO(S)
obesidade cirurgia bariátrica refluxo gastroesofágico fundoplicatura gastrectomia vertical
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