Gastos publicos com medicamentos para o tratamento da osteoporose na pos-menopausa
AUTOR(ES)
Brandao, Cristina Mariano Ruas, Ferre, Felipe, Machado, Gustavo Pinto da Matta, Guerra Junior, Augusto Afonso, Andrade, Eli Iola Gurgel, Cherchiglia, Mariangela Leal, Acurcio, Francisco de Assis
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
OBJETIVO: Analisar os gastos com medicamentos para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa e os fatores associados ao gasto médio per capita . MÉTODOS: Pareamento probabilístico-determinístico a partir das bases das Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade com o Sistema de Informação sobre Mortalidade, resultando em coorte histórica de pacientes que utilizaram medicamentos de alto custo para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa de 2000 a 2006. O gasto médio mensal com medicamentos foi estratificado por faixas etárias e descrito de acordo com as características demográficas, clínicas e tipo de medicamento utilizado. Foi utilizado modelo de regressão linear para avaliar o impacto de características demográficas e clínicas sobre o gasto médio mensal per capita com os medicamentos. RESULTADOS: Foram identificadas 72.265 mulheres que receberam medicamentos para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa. O gasto médio mensal per capita no primeiro ano de tratamento foi de R$ 90,00 (dp R$ 144,49). A maioria das mulheres tinha de 60 a 69 anos de idade, iniciaram tratamento em 2000, eram residentes na região Sudeste, tinham fraturas osteoporóticas prévias e o alendronato de sódio foi o medicamento mais utilizado no início do tratamento. A maioria das pacientes permaneceu em uso do mesmo princípio ativo durante o tratamento. Foram identificados 6.429 óbitos entre as participantes. Mais de um terço das mulheres permaneceram no programa por até 12 meses. Raloxifeno e calcitonina sintética foram as alternativas com maior impacto sobre o gasto médio mensal com medicamentos, tendo como padrão de referência o alendronato de sódio. CONCLUSÕES: Dado o alto impacto do tipo de medicamento utilizado no gasto com medicação, recomenda-se estabelecer critérios para prescrição e dispensação, com prioridade para aqueles com menores custos e maior efetividade. Isso pode otimizar o processo de assistência farmacêutica e a provisão de maior número de unidades farmacêuticas à população.
ASSUNTO(S)
osteoporose pos-menopausa, quimioterapia gastos em saude custos de medicamentos sistema unico de saude
Documentos Relacionados
- Terapia estrogênica para osteoporose na pós-menopausa
- Uma visão geral sobre o tratamento da osteoporose pós-menopausa
- Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa
- Osteoporose em mulheres na pós-menopausa
- Funcionalidade de mulheres ativas com osteoporose pós-menopausa