Gastos do Sistema Único de Saúde brasileiro com doença renal crônica

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/06/2018

RESUMO

RESUMO Introdução: A prevalência de doença renal crônica (DRC) está aumentando em todo o mundo, com custos que podem ser impeditivos. Objetivo: Estabelecer os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internação hospitalar por DRC e doenças relacionadas; avaliar os gastos com terapia renal substitutiva (TRS). Métodos: Avaliamos os valores pagos pelo SUS no triênio 2013-2015, para estimar as despesas anuais com tratamento da DRC e internação por DRC, doenças associadas e exames. Resultados: Houve aumento da hospitalização por todas as causas no Brasil neste triênio. A DRC e as doenças associadas corresponderam a 1,82% e 5,79% das internações hospitalares por todas as causas no Brasil, e 2,87% e 10,10% de todas as despesas, respectivamente. Os enxertos renais com doadores falecidos corresponderam a 76% das internações e 80% das despesas com o transplante. Houve uma diminuição em transplantes de doadores vivos. Houve um aumento no número de exames de 11,94% e em despesas de 10,95%. Houve uma diminuição no número de procedimentos e despesas em diálise peritoneal intermitente (IPD) e procedimentos relacionados; mas outros procedimentos aumentaram. A hemodiálise (3 sessões semanais) correspondeu a 95,96% dos procedimentos e 96,07% dos gastos com diálise em geral. Conclusão: As doenças renais e algumas das principais doenças relacionadas corresponderam a 12,97% das despesas no triênio 2013-2015 e a TRS a mais de 5% das despesas do SUS com atenção à saúde de média e alta complexidade. Tais gastos elevados determinam grandes preocupações quanto à manutenção futura do tratamento da DRC estágio 5 no Brasil e em países em condições de desenvolvimento semelhantes ou piores.

ASSUNTO(S)

insuficiência renal crônica atenção à saúde controle de custos sistemas de saúde hospitalização base de dados

Documentos Relacionados