Funkeiros, timbaleiros e pagodeiros: notas sobre juventude e música negra na cidade de Salvador
AUTOR(ES)
Lima, Ari
FONTE
Cadernos CEDES
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-08
RESUMO
Neste artigo, pretendo discutir como, num contexto racializado da associação entre juventude negra e música, surgem experiências que se desenvolvem como marcas identitárias, crítica social e ratificação de hierarquias raciais, de classe e gênero. Para tanto, trabalho com as idéias de juventude e geração como dado biológico, tanto quanto social e histórico, e com a idéia de música como sentido compartilhado. Além disso, rediscuto minhas notas etnográficas e de outros autores que refletiram sobre a relação entre música e juventude negra, cujos jovens observados, em contextos diversificados, são basicamente suburbanos, pobres e "negro-mestiços" com baixo grau de escolaridade, alguns com baixa capacidade de consumo, outros consumidores ansiosos. Concluo apontando para a importância da música como instrumento configurador de uma experiência juvenil e negra afro-diaspórica, mas também como instrumento repositor de antigas dessemelhanças que não estão nos genes.
ASSUNTO(S)
juventude cultura negra bahia África
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